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Covilhã quer ser “Smart City”

Autarquia aceitou repto para apresentar candidatura

A Câmara da Covilhã está interessada em apresentar uma candidatura ao concurso “Smart Cities 2007”, promovido pela norte-americana Intelligence Community Fórum.

O repto foi lançado por Jorge Rodrigues, coordenador nacional do concurso, no arranque do “Covilhã – Cidade Inovação”, que está a decorrer no Parkurbis – Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã desde segunda-feira e já foi aceite por Carlos Pinto. Por ora, o autarca mantém-se apenas «expectante» que a candidatura venha a ser aprovada, até porque, segundo disse Jorge Rodrigues durante a sua intervenção, a Covilhã tem todas as potencialidades para ser uma cidade inteligente em 2007. Apesar de ser necessário um investimento por parte da autarquia em banda larga, a cidade já tem alguns pontos fortes para apresentar a candidatura, como a inovação, potencial humano qualificado e a aposta em actividades tecnológicas, muito devido ao Parkurbis e à Universidade da Beira Interior. Esta será uma excelente oportunidade para promover a Covilhã. O concurso, que desde 1999 se dedica a distinguir as comunidades mais bem equipadas em tecnologias de informação e banda larga, seria uma «mais-valia» para a cidade, graças ao marketing territorial que uma “etiqueta” cidade inteligente acarreta, salienta, por sua vez, Pedro Farromba, director executivo do Parkurbis, que não duvida que o parque é uma das «ferramentas principais» para posicionar a Covilhã como cidade de inovação e tecnologia.

Para além disso, esta candidatura promovida por um grupo internacional irá «envolver determinados tipos de empreendimentos em novas tecnologias», sustenta, o que só trará vantagens para «vender e promover a cidade» nesta área. A promoção da marca foi feita pela World Teleport Association (WTA) em 1999, quando Singapura foi considerada a comunidade mais inteligente do ano. Foi aí que o Intelligent Community Fórum, da WTA, se dedicou a divulgar desde 2001 o “ranking” das sete cidades mais inteligentes do ano. Numa primeira fase, são escolhidas 21 cidades consideradas “smart cities”, seleccionando-se depois apenas sete. Após um período de observação destas cidades, uma é escolhida para ostentar o galardão. Até agora, apenas Évora se candidatou a este concurso, o ano passado, tendo sido uma das 21 cidades inteligentes. A candidatura ao “Smart City 2006” foi feita pela autarquia em parceria com a Universidade de Évora e incidiu na aplicação de tecnologias digitais para impulsionar o turismo e a produção de alimentos. O colóquio “Covilhã – Cidade Inovação” decorre até amanhã, e o tema dominante até lá será “transferência de tecnologia e inovação”. Ontem, o Parkurbis assinou um protocolo com a API Capital para canalizar projectos empreendedores e hoje prevê-se a presença de Carlos Zorrinho, coordenador do Plano Tecnológico.

Liliana Correia

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