O discurso do presidente da Câmara da Covilhã na sessão comemorativa do 141º aniversário da elevação a cidade ficou marcado pelo otimismo quanto ao futuro, apesar da conjuntura de crise.
Os membros da Assembleia Municipal, vereadores e os responsáveis de várias entidades convidadas, como o reitor da Universidade, ouviram Carlos Pinto realçar que «o discurso sobre a tentativa de pôr o país ao desabrigo da governação estrangeira» faz com que o poder local tenha «consequências no seu dia-a-dia» e esteja «sob apertada restrição». O autarca sublinhou que «quem deu por isto apenas há alguns meses hoje faz parte dos 200 municípios que estão fortemente condicionados na sua ação», isto de acordo com o presidente da ANMP – Associação Nacional de Municípios Portugueses. Já a Câmara da Covilhã, assegurou, «está no outro grupo, dos que estando no mesmo país todavia têm as suas coordenadas perfeitamente sobre o comando daqueles que a dirigem. Este é um dado que nos permite ter esperança sobre os tempos que aí vêm», sustentou. «O concelho tem razões para ter esperança por uma situação de observação de fundo sobre o que é o nosso concelho e sobre a realidade. Hoje, em tudo, a cidade é de primeira categoria», defendeu. O edil reforçou que a Covilhã «inverteu dois fatores fundamentais» como a demografia e o emprego. Carlos Pinto reservou ainda uma palavra para os presidentes de Junta: «Quero reafirmar o meu repúdio pela extinção de uma única freguesia do nosso mundo rural. Não imagino que no nosso concelho se retire uma placa onde se diz freguesia A, B, C…», declarou.