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Covilhã com Orçamento de 86 milhões de euros

Plano vai amanhã à votação da Assembleia Municipal, assim como a contracção de um empréstimo de 5 milhões de euros

A Assembleia Municipal da Covilhã vai votar amanhã o Plano de Actividades e Orçamento de 86 milhões de euros para 2007. O documento, que já foi aprovado na semana passada pela maioria PSD na autarquia e que contou com a abstenção dos dois vereadores do PS, apresenta uma redução de sete milhões de euros em comparação com o Plano e Orçamento aprovado para o corrente ano, apesar de ter sido de 120 milhões de euros. Isto porque, na altura, o documento incluía também as Actividades e Orçamento dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento, que, recorde-se, foram transformados em empresa municipal no início deste ano. Trata-se de um plano e orçamento de «contenção», explicou o autarca Carlos Pinto à Rádio Cova da Beira (RCB), apesar do mesmo contemplar um conjunto de obras importantes. Entre elas, incluem-se a conclusão da estrada Covilhã-Verdelhos, o lançamento da ligação entre Pereiro e S. Jorge da Beira, a conclusão da piscina-praia e o lançamento da piscina do Teixoso. A requalificação das praças da cidade, o início das obras do novo aeroporto e o aldeamento de montanha nas Penhas da Saúde também foram destacadas pelo autarca, embora esta última esteja dependente das verbas provenientes do Quadro de Referência de Estratégia Nacional (QREN).

Contudo, para os socialistas, este Plano e Orçamento «pouco credível» porque, e embora os indicadores de conjuntura económica sejam mais optimistas, «estão longe de permitir um orçamento de 86 milhões de euros, o que aliás vem sendo confirmado pelos graus de execução do mesmo em anos transactos», acusam. Além disso, os vereadores Telma Madaleno e José Serra dos Reis consideram que a Câmara irá ser «incapaz» de efectuar a execução para 2007, visto que a mesma suporta a captação de receitas na alienação do património municipal equivalente a 53 por cento da receita total. Outro dos assuntos em discussão na AM prende-se com a votação da contracção de um empréstimo financeiro na ordem dos cinco milhões de euros para a aquisição de 148 fogos de habitação social sitos no Bairro do Cabeço, no Tortosendo. O empréstimo, que será contraído na Caixa Geral de Depósitos, foi aprovado pela maioria no executivo camarário na última terça-feira, em reunião extraordinária e deve-se às alterações do Governo impostas ao Instituto Nacional de Habitação (INH). No entanto, o vereador socialista Serra dos Reis considera que «o que está em causa é a aquisição dos 78 fogos que o construtor não conseguiu concretizar no mercado», disse à RCB, para quem este empréstimo «vem sobrecarregar ainda mais o endividamento» do município.

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