Tal como se esperava, o Fornos de Algodres sentiu muitas dificuldades na deslocação a Foz Côa e não evitou nova derrota, depois de ter perdido em Aguiar da Beira na ronda anterior.
A equipa da casa dominou quase sempre a partida, contou com um inspirado Bruno Coutinho e tirou o melhor partido da ausência de três titulares no líder do Distrital, todos por castigo. Contudo, foi o Fornos que entrou melhor, mas, com o passar dos minutos, os locais subiram no terreno e estiveram muito perto de marcar aos 18’. Rafa isolou-se pela direita e desviou a bola do guarda-redes Inácio, que saiu da sua baliza de forma extemporânea, assistindo Bruno Coutinho. No entanto, o avançado, em situação privilegiada para marcar, acertou em cheio na trave. A partir daqui assistiu-se a uma partida bastante disputada a meio-campo e sem grandes oportunidades de golo. Até aos 37’, quando o ponta-de-lança do Foz Côa marcou mesmo. À entrada da área, Leonardo combinou bem com Bruno Coutinho, que, depois de tirar um adversário da frente, atirou forte e colocado, não dando hipóteses a Inácio.
Na segunda metade, Nando Pompeu fez entrar Cardoso e o Fornos melhorou, pressionando à procura do tento do empate. Mas concedeu mais espaços aos rápidos atacantes fozcoenses, que aproveitaram para criar perigo em contra-ataque. Aos 53’, Rafa serviu Silva, que, em boa posição, rematou frouxo. Passados seis minutos, Inácio deveria ter sido expulso após derrubar Silva, que seguia isolado para a baliza. O golo da tranquilidade poderia ter chegado aos 73’, mas Chasqueira teve uma perdida incrível ao rematar muito torto quando tinha tudo para marcar após um canto. No minuto seguinte, o Fornos criou a sua melhor ocasião de golo da partida, com Bruno Costa a isolar-se e a acertar na quina da trave da baliza de Hélder Afonso, num lance em que o árbitro Marco Vieira não atendeu à sinalética de fora-de-jogo dada pelo seu assistente.
O jogo estava numa fase de grande movimentação e, aos 75’, a equipa da casa voltou a reclamar a amostragem do vermelho a um atleta do Fornos. Inácio protagonizou mais uma saída disparatada e Zézito viu-se obrigado a derrubar um adversário que se isolava. Os visitantes intensificaram a pressão nos últimos minutos, mas apesar de atacar com muitas unidades, não logrou criar uma oportunidade digna desse nome. Só que aos 91’ Inácio cometeu mais um erro ao colocar a bola nos pés de Bruno Coutinho, que, a 30 metros da baliza, não se fez rogado e atirou um “balão” que entrou na baliza deserta. Um golo de encher o olho. Marco Vieira errou nos dois lances em que deveria ter exibido o cartão vermelho.
Ricardo Cordeiro
