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«Contra ventos e marés vamos concluir o IP2»

Garantia foi deixada por José Sócrates na visita às obras de construção da concessão do Douro Interior

«Contra ventos e marés nós vamos concluir o IP2 e vamos fazer o IC5». Foi desta forma que José Sócrates abriu o discurso no Estaleiro do Baraçal (concelho de Celorico da Beira), no âmbito de uma visita às obras de construção da concessão rodoviária do Douro Interior, na última terça-feira.

«Qualquer obra de dimensão e com significado enfrenta sempre obstáculos e dificuldades», disse o Primeiro-Ministro, sublinhando «o dinamismo económico, a criação de empregos e a qualidade de vida» que a construção proporciona.

Estão envolvidas 201 empresas nos trabalhos que actualmente estão a decorrer, sendo que a concessão cria cerca de sete mil postos de trabalho directos. Sublinhando ter havido «duas regiões que ficaram para trás, que são o norte do distrito da Guarda e todo o distrito de Bragança», José Sócrates foi peremptório ao lançar a questão: «Quantos mais anos é que o distrito da Guarda devia esperar para que o IP2 se fizesse?». O governante destacou que um dos principais objectivos do investimento se prende com a «igualdade de oportunidades». «O que estamos a fazer aqui não é nenhum luxo, é apenas dar ao distrito da Guarda condições de acesso às coisas boas que a vida contemporânea pode proporcionar», disse. O Primeiro-Ministro enalteceu ainda a importância do empreendimento, já que «vai permitir que aqueles que aqui vivem e trabalham dêem também um contributo para a melhoria da economia nacional». E porque esta zona «está no topo da sinistralidade, simplesmente pela má qualidade das suas estradas», garantiu que «este é o momento para investir, para confiar no futuro e para fazer justiça com o interior do país».

José Sócrates confessou ainda ter ficado «muito contente depois do Tribunal de Contas ter dado finalmente o visto para que pudéssemos andar com confiança para a frente na construção desta estrada, e quero felicitar o consórcio, que nunca desistiu». Outro dos visitantes das obras foi o Secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas e das Comunicações. Paulo Campos aproveitou para sublinhar que este é um investimento feito «nos três distritos que têm mais baixa taxa de execução do plano rodoviário nacional, com cerca de 30 por cento», e que, relativamente à sinistralidade, «espera-se uma redução de 71 por cento». Já o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mendonça, afirmou que «não está em causa uma simples construção de um conjunto de estradas, mas daquilo que vem permitir que as regiões do interior que estavam descriminadas vão em paralelo com as regiões mais desenvolvidas e possam ultrapassar as suas debilidades».

«Economia será melhor que as previsões»

À margem da visita às obras de construção da concessão rodoviária do Douro Interior, o primeiro-ministro afirmou que tem confiança que este ano «o resultado da economia será melhor do que as previsões» do Banco de Portugal, que reviu em baixa as suas projecções para o crescimento da economia em 2010, de 0,7 para 0,4 por cento e relativamente ao ano de 2011, de 1,4 para 0,8 por cento.

«O crescimento económico para este ano é um crescimento positivo», disse José Sócrates, salientando que o crescimento económico «é revisto em baixa», mas disse esperar «que o crescimento seja melhor do que as previsões do Banco de Portugal». Reforçou que as projecções «são afectadas por aquilo que aconteceu no último trimestre de 2009 e pelo facto de termos tido um crescimento negativo no último trimestre. Isso influenciou as previsões, mas eu gostaria de salientar que se trata de uma revisão em baixa, muito diminuta, apesar de tudo, e tenho confiança que o resultado da economia será melhor do que as previsões».

Rafael Mangana Primeiro-ministro foi “ao terreno” no Estaleiro do Baraçal, Celorico da Beira

«Contra ventos e marés vamos concluir o IP2»

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