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Consultoria de Joaquim Matias agita pré-campanha

Duas empresas do grupo Bernardo & Bernardo celebraram vários contratos por ajuste direto com as Câmaras do Covilhã e do Fundão

Joaquim Matias, candidato do PSD à Câmara da Covilhã, diz ser «totalmente falso» que tenha participado, «direta ou indiretamente», nas adjudicações por ajuste direto que o grupo Bernardo & Bernardo, de que era consultor, ganhou nas Câmaras da Covilhã e do Fundão.

A notícia do “Correio da Manhã” do passado sábado referia que o antigo vereador de Carlos Pinto, com quem se incompatibilizou no mandato anterior, trabalhou nos últimos três anos em duas empresas de construção civil daquela sociedade que celebraram vários contratos com as duas autarquias da Cova da Beira. No caso do Fundão, o grupo terá mesmo ganho 23 adjudicações entre 2008 e 2011, obtendo um encaixe total de 1,6 milhões de euros. Contudo, a construção do centro escolar do Fundão e a expropriação do cinema Gardunha nunca se concretizaram. Na segunda-feira, o candidato marcou uma conferência de imprensa para dizer que a notícia é uma «clara estratégia “encomendada”» para prejudicar a sua candidatura. «É fácil explicar o conteúdo e o “timing” da desinformação veiculada pelo “Correio da Manhã”», acrescentou Joaquim Matias, que sublinhou a coincidência da notícia ter sido publicada «dias depois do jornal “Público” noticiar» que o presidente da Câmara da Covilhã vai ser julgado por prevaricação.

O cabeça-de-lista social-democrata está disposto a revelar as suas contas bancárias e declarações de rendimentos para «eliminar qualquer suspeita» sobre a sua atividade política e profissional. «Pena é que outros, os que se acobardam atrás de notícias falsas e sob o anonimato do boato, mas que todos sabemos quem são, não façam o mesmo», declarou Joaquim Matias, que afirma nunca ter reunido com os executivos do Fundão e da Covilhã enquanto foi consultor. Entretanto, o candidato já participou judicialmente contra o diário «em defesa da honra».

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