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Conselho Geral chumba Paula Coutinho na Escola Superior de Saúde

Presidente do IPG já fundamentou solução de recurso e garante que decisão prejudica a escola

O novo presidente do Politécnico da Guarda sofreu uma contrariedade na semana passada ao ver chumbada pelo Conselho Geral do IPG a sua proposta para a direcção da Escola Superior de Saúde (ESS) da Guarda. A solução de recurso foi fundamentada ao presidente daquele órgão na última terça-feira, mas Constantino Rei escusou-se a adiantar pormenores.

«Não me quero antecipar antes de José Alves analisar a informação que lhe submeti e do Conselho Geral decidir», disse, acrescentando que desconhece quanto é que aquele órgão vai voltar a reunir para decidir quem será o responsável daquela unidade orgânica do Instituto. Na passada quarta-feira, o nome de Paula Coutinho não foi aprovado por uma maioria qualificada de dois terços numa primeira votação. Já na segunda tentativa, a actual subdirectora obteve apenas 16 votos, menos um que o necessário para passar naquele órgão. Na votação participaram 27 elementos do Conselho Geral, que ratificaram os nomes propostos por Constantino Rei para as restantes escolas do Instituto. Isto é, Clara Silveira (ESTG), Anabela Sardo (ESHT) e Carlos Reis (ESECD), que tinham sido reconduzidos nas funções e já foram empossados. Menos sorte teve Paula Coutinho, equiparada a professora-adjunta e subdirectora de Ezequiel Carrondo, que está de saída.

«O que está em causa não é propriamente um chumbo, é antes uma questão numérica, pois a maioria dos votos não foi alcançada. Mas bastaria que houvesse mais um membro do Conselho Geral e o nome de Paula Coutinho poderia ter passado», considerou Constantino Rei, para quem, «se calhar, o que está mal são estes critérios de votação nos Estatutos». Escusando-se a comentar o sucedido, o presidente do Politécnico sublinhou que continua a defender aquela professora para o lugar: «É uma escolha perfeitamente assumida e não tenho dúvidas que era a melhor solução para a escola», afirmou a O INTERIOR, avisando que esta decisão prejudica a ESS. «Os responsáveis em funções não toma decisões porque entendem que não têm legitimidade para tal, nomeadamente a proposta de criação de novos cursos e a definição de outra estratégia para o futuro da escola», exemplificou.

Constantino Rei reconduziu todos os directores das escolas propostos pelo seu antecessor, Jorge Mendes, menos Ezequiel Carrondo na ESS. A alteração foi justificada em Setembro, à margem da sua tomada de posse, com o argumento da «forma de trabalho» do director cessante não ter sido «aquela que esperávamos». E acrescentou que «não se justificaria reconduzir um director cuja forma de trabalhar não condiz com aquilo que era a nossa ambição e o nosso projecto». O presidente sublinhou na altura que Paula Coutinho – que é nora de Maria do Carmo Borges – era «extremamente competente, dedicada e leal», além de estar disponível para a função.

Luis Martins

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