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Confraria das Finanças

Não vale só dizer mal. O país tem tido bastante desenvolvimento, ainda que se mantenha, tal como outrora, na cauda da Europa.

Aqui, na região de Coimbra, têm tido invulgar sucesso as confrarias gastronómicas. São tantas e com confrades tão ilustres que seria, talvez, injusto mencionar apenas uma e um homem. Atrevo-me, porém, a citar a mais lendária. Está sediada no reino de Jaime Soares – Vila Nova de Poiares, conhecida como capital universal da Chanfana. Como é sabido, estas confrarias voltam-se para o passado, investigam tudo o que está relacionado com as iguarias – desde o modo de as cozinhar, apetrechos usados, características ideias dos animais e plantas que estão na base da confecção, temperos e muitos outros segredos guardados pelos nossos antepassados. E assim se aprende história, retomam-se hábitos alimentares saudáveis e os saberes (sabores) têm assegurada a transmissão às gerações vindouras.

Todas estas confrarias deitaram foguetes quando souberam que estava na forja uma outra: a Confraria das Finanças! Julgavam elas que estava ali a mina, para lhes dar ainda mais força. Cedo se desenganaram quando tomaram conhecimento que a jovem confraria teria sede em Santa Comba Dão e por lema: produzir e poupar….

J. M. Marques Crespo de Carvalho, Coimbra

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