A concelhia do CDS-PP da Guarda considera que o município está «a caminhar, a passos cada vez mais largos, para uma situação dramática de desinvestimento, desemprego e consequente desertificação».
Em comunicado divulgado na terça-feira, a líder do CDS-PP da Guarda, Isabel Metello, defende que «muitos foram os factores que nos conduziram à situação em que hoje nos encontramos, alguns deles externos aos quais todos somos alheios, nomeadamente a globalização e a crise internacional, mas muitos outros internos resultantes de anos de políticas erradas, implementadas por quem nos governa». Por isso, os centristas sustentam que «quem usa velhas soluções para novos problemas, não tem uma visão estratégica no sentido de prever cenários futuros e não se prepara para as inevitáveis mudanças na economia e na sociedade em geral, caminha inevitavelmente num único sentido: o fracasso».
Assim, a concelhia do CDS-PP decidiu pôr em marcha «um plano de acção» baseado em propostas que deviam ser adoptadas para dinamizar o concelho «rumo a um futuro melhor». A primeira passa por uma campanha nacional de promoção da Guarda designada “Venha viver para a Guarda”, pois «é imperioso fazer renascer a nossa marca em áreas como o turismo histórico e o turismo de saúde, a produção de queijos e enchidos, a gastronomia, a pecuária, promover a revitalização dos têxteis através da inovação no sentido de procurar nichos de mercado ainda por explorar», entre outras. A campanha basear-se-á em «fazer chegar ao maior número possível de pessoas e empresas, principalmente no litoral, o que nós temos para oferecer em termos de vantagens competitivas».
Para isso serão feitos e divulgados estudos onde constem alguns parâmetros, nomeadamente sobre o custo de vida, a qualidade do ar, a proximidade com Espanha, a oferta cultural e hoteleira, o imobiliário, a mobilidade, entre outros factores. Do mesmo modo, o CDS considera ser «extremamente necessário atrair investimento através da discriminação fiscal positiva da região, incentivos directos do município em actividades do sector primário que demonstrem indicadores positivos de sustentabilidade e valor acrescentado, nomeadamente o sector agrícola». Com estas sugestões, os centristas esperam contribuir para que «a nossa terra possa inverter este cenário de abandono cada vez maior, principalmente por parte das gerações mais jovens, que constituem o motor da mudança que urge ser posto em marcha».
