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Como seria a Covilhã sem Carlos Pinto?*

Como assinante desse jornal há algum tempo, tenho vindo a verificar uma animosidade contra a Covilhã e, principalmente, contra o seu presidente da Câmara, que ultrapassa as raias do admissível e não procedem do mesmo modo contra outros que, esses sim, haveria muito a apontar-lhes. O sr. Carlos Pinto tem sido um cliente assíduo da vossa rubrica “+ e -“ por tudo e por nada e, mais tarde, vem-se a verificar que, afinal, a razão está do seu lado.

A maioria das vezes tem sido por larachas ditas por indivíduos da oposição, frustrados por serem incapazes de fazer algo de útil seja a quem for e muito menos pelo progresso da Covilhã. O ressentimento desse jornal é tal que, no número que saiu a 20 de Agosto último, até mereceu honras de fotografia na contracapa (!), só porque o candidato à Câmara pelo PS o acusa de fazer “número político” no caso da acção judicial contra o Estado por este estar a usufruir de edifícios que não lhe pertencem e por não pagar as rendas que são devidas. Ora, como é que se pode acusar alguém de fazer “número político” num caso em que a Câmara nada recebe pela utilização dos seus edifícios por parte do Ministério da Justiça e noutras cidades o pagamento de rendas estar há muito a acontecer. Sobre o tema já decorrerem negociações com o Governo há pelo menos três anos e agora, depois de decisão do tribunal, já haver uma proposta para pagamento das tais rendas?

Este senhor candidato, que até é deputado na Assembleia da República e não se lhe conhece absolutamente nada que tenha feito em prol da Covilhã, devia também lembrar-se que o seu partido esteve mais de uma década à frente da Câmara e não acrescentou nada ao progresso desta cidade e do seu concelho. Devia lembrar-se também que o secretário-geral do seu partido, primeiro-ministro há quatro anos, que se diz covilhanense e recenseado na Covilhã, nada tem feito para que sejam construídas as barragens da Serra, a circular à Covilhã, o IC-6 para Coimbra (agora a menos de um mês das eleições, sem saber se vai continuar no Governo, é que anuncia um dos troços) ou que se autorize a construção da Central de Biomassa no parque industrial do Tortosendo e outros empreendimentos que se encontram emperrados.

Pelo contrário, está criado o posto de comando da GNR na Covilhã desde Janeiro e nunca mais é implantado (consta que o querem levar para outro sítio) e estão a retirar serviços desta cidade, como aconteceu com a Administração Florestal da Covilhã, onde se deixaram de passar as licenças de pesca e de caça. Para se ver a mediocridade de certas pessoas basta referir que, no passado dia 6, na inauguração da ponte sobre a Ribeira da Carpinteira, obra emblemática que vem revolucionar as ligações pedonais dos Penedos Altos ao centro da cidade, futuro ex-libris da Covilhã, estiveram presentes a maior parte dos presidentes de Juntas. No entanto, o da freguesia da Conceição, onde a obra se localiza, primou pela sua ausência, pois nem ele nem o seu representante foram vistos no local. Quer parecer-me que o único motivo foi não ter sido idealizada por alguém do seu partido.

O sr. Carlos Pinto não necessita que ninguém venha em sua defesa, pois é suficientemente inteligente, dinâmico, empreendedor, capaz de ver o que os outros não vêem. (…). Além das muitas obras realizadas, tem-se preocupado com acções sociais de auxílio e conforto das pessoas. Foi a primeira Câmara do país a implementar o Cartão Social Municipal para reformados e pensionistas com mais de 60 anos e pessoas com deficiência comprovada, com diversas regalias; construiu e reabilitou mais de mil fogos de renda económica; disponibilizou as instalações da antiga PSP para sede da APPACDM e já está assegurada a construção de nova casa em terrenos do município, com projecto candidatado e aprovado a fundos comunitários, no valor de 1,3 milhões de euros. Regalias sociais para idosos e deficientes têm sido uma sua constante preocupação e nada disto tem sido realçado.

Quem visita a Covilhã fica maravilhado com o seu progresso e transformação dos últimos anos (…), e os covilhanenses interrogam-se como não seria hoje a cidade se já tivesse tido este presidente nos anos em que andou a “marcar passo” com os senhores do PS.

* título da responsabilidade da redacção

Osvaldo Condesso, Covilhã

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