A apresentação do livro evocativo do primeiro centenário da instalação da GNR no distrito da Guarda, que decorreu na passada quinta-feira, no Paço da Cultura, ficou marcada por uma certeza. O comando territorial não vai ter novas instalações e deverá permanecer nas atuais, junto ao TMG, onde deverão ser efetuadas melhorias e construídos «um ou dois edifícios».
A decisão foi anunciada pelo tenente-coronel José Gomes, comandante da GNR da Guarda, no final da sessão. «É partir da raiz de infraestruturas que já existem naquele local, melhorá-las, eventualmente construir um módulo ou outro de raiz no mesmo espaço, para termos, se calhar daqui a quatro ou cinco anos, dependendo da disponibilidade financeira do país, um quartel novo, mas é este remodelado», afirmou o oficial. De resto, o segundo comandante geral da GNR confirmou que a melhoria do quartel guardense está «em agenda», sendo mesmo «uma prioridade». O major-general Agostinho Costa sublinhou que o assunto «é uma preocupação», estando a ser procurada uma solução em «ligação» com a tutela e as autoridades locais. O objetivo é requalificar o espaço de forma a acolher também o Destacamento de Trânsito, que ocupa um edifício arrendado nas imediações da A25.
Presente na sessão, o presidente da Câmara da Guarda manifestou a sua disponibilidade para «a cooperação com a GNR, com o Ministério da Administração Interna, no sentido de encontramos uma melhor solução» para solucionar as deficiências do quartel atual. No entanto, Álvaro Amaro considerou que «valia a pena» serem estudadas «as melhores soluções para o novo comando». Na quinta-feira, o Comando Territorial lançou o livro do centenário da chegada da GNR à cidade mais alta. A obra, coordenada pelo tenente-coronel Luís Cunha Rasteiro, pretende testemunhar, «através de imagens e textos», os últimos cem anos daquela força policial no distrito retratando a vivência e a evolução da instituição, as suas origens, a chegada da primeira companhia à Guarda, a 2 de dezembro de 1914, e a atualidade do Comando Territorial. Tem também «como repto homenagear aqueles que dão segurança à cidade e ao distrito», acrescentou Cunha Rasteiro. Atualmente, a GNR tem 629 elementos no distrito, 25 postos territoriais e quatro destacamentos.
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