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Comandante dos Voluntários de Loriga em tribunal

António Alves é acusado de falsificar assinaturas em pedidos de exoneração de dois bombeiros

O actual comandante dos Bombeiros Voluntários de Loriga, no concelho de Seia, está a ser julgado no tribunal local por um crime de falsificação na forma continuada. António Alves é acusado de ter forjado a assinatura de dois elementos do corpo activo da corporação em pedidos de exoneração que, alegadamente, os próprios desconheciam.

O caso terá ocorrido em 2004, quando Pedro Seropicos e Armando Marques entraram para a GNR e foram destacados para longe da vila serrana. Dada a sua situação profissional, os bombeiros terão deixado de comparecer no quartel e de fazer serviço regularmente, mas nunca oficializaram qualquer pedido de exoneração do corpo activo. Contudo, o primeiro foi surpreendido por uma carta da direcção dos bombeiros, em que lhe era solicitado que entregasse a farda e pagasse as quotas por ter sido exonerado.

O agora queixoso confrontou então o comandante, que lhe terá apresentado uma folha de serviço onde constava a sua exoneração e, posteriormente, entregou-lhe mesmo uma cópia do alegado pedido. Perante o documento,

Pedro Seropicos decidiu queixar-se ao Ministério Público, sendo acompanhado por Armando Marques, outro dos lesados. Já na fase instrutória um exame pericial terá confirmado a intervenção de António Alves nos pedidos de exoneração.

Mas o comandante, ouvido na primeira sessão do julgamento, nega tudo, tendo argumentado que «alguém terá imitado a sua letra» nos documentos. A audiência prosseguiu na terça no Tribunal de Seia. Os queixosos reclamam a «reposição da legalidade» e a anulação da exoneração, que consideram fictícia e ilegal, mas deixaram claro não ser sua intenção voltar ao corpo activo dos Voluntários de Loriga por motivos profissionais.

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