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Coitada da Ana Manso!!

Que Ana Manso apresente no cartaz de propaganda uma fotografia que não é actual, é precioso para nós: desde logo indica-nos que quer fazer passar “gato por lebre”.

Vê-se que não é actual, alguém seguro do que diz corrobora-mo, e a conclusão reforça-se iniludivelmente com a fotografia de propaganda à sua candidatura – propaganda paga como publicidade – inserta no “Nova Guarda” de 1-VI-05.

A blusa do cartaz, aliás, sugere-me as bandeiras dos pederastas que ondeiam em cidades como, v.g., Antuérpia ou Ostende.

Actual ou não, porém, mostra-nos mais: que à senhora nunca ninguém disse – ou ela própria nunca aprendeu – que só há três olhares e respectivos significados.

Ou seja: olhar de cima para baixo que indica superioridade ou altivez; olhar de igual para igual que significa dignidade e frontalidade; olhar de baixo para cima que significa medo e/ou inferioridade, isto é, alguém comprometido.

Ana Manso, no cartaz, olha de baixo para cima.

Em suma: ninguém a ensinou a posar; não conhece as normas do senso comum; muito menos teve a mais infímia iniciação em História da Arte, área em que as noções básicas de perspicácia também incluem tal “matéria”.

Ana Manso está manifestamente comprometida com o embuste e torna a liberdade de se igualar a todos nós, a quem julga por seus critérios.

Com efeito, uns amigos fazem chacota da foto, outros encolhem os ombros… Aqui não se trata de “bacalhau que baste”.

O que está por detrás das fotografias mormente da do cartaz que “polui” a cidade, é um mundo confrangedoramente limitado.

Quem ensinará a Ana Manso que a Política não pode ser pasto para oportunistas, que a acção política só se justifica pela elevação, dizer a Verdade, SERVIR. Quem lhe ensinará que a POLÍTICA releva do genuíno humano com todo o seu acrisolado empenhamento, em vez de desvios? A senhora não sabe o estado em que está Portugal, para vir agora, num texto insuportável, falar d’ “O ensino do inglês no primeiro ciclo como oferta educativa da autarquia”, e etc, etc, etc?

Quem quer que a tome a sério? Onde é que julga que vai? Por quem toma os munícipes?

Por pudor – e sabe bem com que força – não me alongo. Mas daqui lhe lanço um repto: escreva pelo seu próprio punho – e perante um júri -, um texto em Português, com a mera extensão deste meu artigo, em que, ademais, escolha o tema.

A demagogia é barata e a colheita uma catástrofe, mas a acção pública remete para outro tipo de critério e de pessoa.

Que tal, mandar fazer uma sondagem em que os restantes incluídos são alienígenas e, no final, enviá-la ao presidente do Partido!?

Parafraseando Fernando Pessoa (Álvaro de Campos) dir-lhe-ei: Coitada da Ana Manso/Tão isolada na vida/Tão deprimida nas sensações/Tão enfiada na poltrona da sua melancolia.

Um dos nomes maiores da actualidade, que aqui louvei há dias, é coincidente comigo: a majoração da democracia só a nós cabe, escrevi eu; “só tem direito à Democracia quem luta por ela”, declarou ele no Paço da Cultura. Fernando Nobre, claro. Um cume a nível mundial!!

É imperativo da minha postura estar atento.

E quando, há quatro anos, me convidou para integrar a lista do seu partido à Assembleia Municipal – que educada e prontamente recusei – alguém, antes, a tinha inteirado disso. Ou seja: neste momento as propostas autárquicas já conhecidas são péssimas. É consensual na cidade, desde o barbeiro – que não é o “barbeiro suburbano” de Ortega y Gasset – ao cidadão comum.

P.S. Após escrito o artigo, chegou-me à caixa de correio o amor à Guarda. Tretas…. E a amplidão de horizontes pode ser confirmada pela Grafologia…

05-VII-05

Resposta a José Carlos Alexandre

Por respeito a mim próprio e ao jornal, respondo a José Carlos Alexandre.

«Eu perdoo-me por ter tido pensamentos negativos sobre mim ou sobre qualquer outra pessoa, e eu estou firmemente decidido a proteger-me desses pensamentos».

É parte de uma oração muito bonita que me foi ensinada há algum tempo e de que gostam todas as pessoas a quem a passo.

Por: J.A. Alves Ambrósio

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