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Claro tornou a tarde escura

Sporting da Covilhã empatou em casa com o Nelas em jogo da segunda jornada da IIª Divisão

Depois de uma difícil vitória na Pampilhosa, o Sporting da Covilhã não conseguiu melhor que um empate a uma bola na recepção ao Nelas. A equipa de Vítor Cunha mostrou-se ansiosa e bastante perdulária na finalização, muito por culpa da grande exibição de Nuno Claro, guarda-redes da formação do distrito de Viseu.

O jogo começou equilibrado com o Covilhã a não conseguir um claro domínio até aos 14 , quando o Nelas inaugurou o marcador. Na sequência de um canto na direita, Edu surgiu sem qualquer marcação no coração da área a cabecear para o fundo das redes. A equipa da casa só “acordou” com este golo, passando a controlar totalmente a partida e remetendo os visitantes à defesa, que aproveitaram para “queimar” tempo sempre que puderam. A igualdade poderia ter surgido logo aos 16’, mas Luizinho, isolado frente a Nuno Claro, permitiu a defesa. Passados dois minutos foi a vez de Paulo Campos, em excelente posição, não conseguir desfeitear o número 77 do Nelas. O Covilhã quase que sufocava o adversário e, aos 19’, após a marcação de um canto, Real apareceu ao segundo poste a cabecear para fora. Contudo, a partir da meia-hora a equipa da casa abrandou o ritmo e não criou mais oportunidades até ao final da primeira parte. Já em cima dos 45 , Rui Morais perdeu a bola para Bruno que, à entrada da área, rematou cruzado com o esférico a passar muito perto do poste esquerdo da baliza de Serrão.

Na segunda parte, Cunha substituiu Cordeiro por Bruno Nogueira e o Covilhã continuou a mandar no jogo. Logo aos 49 , Luizinho teve uma perdida escandalosa ao não conseguir cabecear para golo quando Nuno Claro estava fora da baliza. Aos 58 , Pesquina substituiu o desinspirado Everton e o ataque local tornou-se mais acutilante. No entanto, aos 66 foi o Nelas que esteve perto de fazer o 0-2, valendo Serrão a evitar o segundo golo de Edu. Logo a seguir, Piguita cabeceou para golo mas, mais uma vez, Nuno Claro desviou para canto. Aos 75 , já depois de Dani ter entrado para o lugar de Salcedas, o inspirado guardião do Nelas voltou a negar o golo a Luizinho, após confusão na área. Mas aos 77 , quando alguns adeptos já mostravam o seu desagrado pela exibição serrana, Pesquina ganhou bem a um adversário na direita e cruzou para a área onde Luizinho cabeceou para o empate. O Covilhã carregou ainda mais no acelerador em busca da vitória, só que Nuno Claro, a cabeceamento de Pesquina, e a trave, a remate de Bruno Nogueira de fora da área, não permitiram que o golo acontecesse. Já em tempo de descontos, Luizinho, sem oposição, poderia ter bisado mas cabeceou muito por cima. Trabalho regular de Hugo Pacheco.

No final, Vítor Cunha acusou o adversário de fazer «anti-jogo» a partir do momento em que ficou em vantagem, lamentando as muitas oportunidades desperdiçadas pelo Covilhã. Pelo lado do Nelas, Carlos Ferreira, treinador-adjunto, considerou o resultado injusto: «Sentimos frustração por este empate. Acho que merecíamos algo mais, mas houve um conjunto de situações que nos impediram de levar os três pontos», disse, alegando que Luizinho estava em fora-de-jogo no golo do empate.

Ricardo Cordeiro

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