Arquivo

Cinquenta casos de violência doméstica tratados no núcleo da Guarda

A vítima mais comum tem entre 25 e 34 anos, seguindo-se a faixa dos 45 aos 54 anos

O Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica da Guarda, criado em Fevereiro de 2009, já apoiou 50 casos, a maioria são mulheres vítimas de maus tratos.

O serviço, que funciona nas instalações do Centro de Formação Assistência e Desenvolvimento (CFAD), na Rua Soeiro Viegas, e abrange os 14 concelhos do distrito, foi visitado na semana passada pela secretária de Estado da Igualdade. Elza Pais esteve na Guarda no âmbito da iniciativa “Rota da Igualdade”, que integrou outras instituições da região que actuam na área da cidadania e da igualdade de género. Depois da visita, Elza Pais elogiou a equipa, que considerou ser pró-activa. Segundo Alexandra Leal, assistente social e elemento da direcção do Núcleo de Atendimento, a grande maioria dos casos tratados envolvem mulheres, «maioritariamente, residentes no concelho da Guarda, mas também já tivemos duas situações de vítimas do sexo masculino». Na região houve ainda casos de violência doméstica exercidos sobre «uma jovem e dois ou três idosos», adiantou.

A responsável afirmou que «a vítima mais comum tem entre 25 e 34 anos, seguindo-se a faixa dos 45 aos 54 anos». Também revelou que o Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica da Guarda já registou situações de violência exercida sobre jovens com idades entre os 19 e 24 anos, o chamado o fenómeno da violência no namoro. «Nota-se que as mulheres já se deslocam ao Núcleo com maior facilidade, mas ainda há muita vergonha social», considerou, esclarecendo que o gabinete «não se destina apenas a receber as denúncias, pelo contrário, existe para dar todo o tipo de informação ao nível social, psicológico, etc». O serviço funciona de segunda a sexta-feira das 10 às 13 horas e das 14 às 18 horas, com uma equipa formada por um assistente social, um psicólogo e um jurista.

Sobre o autor

Leave a Reply