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Cinco anos depois

Primeiras obras da PLIE podem começar no segundo trimestre de 2005

Já lá vão cinco anos que Augusto Mateus e a Câmara da Guarda anunciaram o projecto da PLIE. Em Fevereiro de 2000, o antigo ministro da Economia apresentou o pré-estudo da iniciativa e esperava ver o projecto concretizado no prazo de seis anos numa área de 100 hectares na Quinta dos Coviais, junto à freguesia da Gata, a poucos quilómetros da cidade. Após várias vicissitudes só em Dezembro último a autarquia abriu concurso público para a construção das infraestruturas.

Os trabalhos de saneamento, electricidade e telecomunicações estão orçados em 5,3 milhões de euros, mas só estão disponíveis 3,2 milhões, via Interreg, devendo os seus promotores – autarquia, empresários e associações empresarias – garantir quanto antes os meios financeiros em falta. Iniciada esta fase, o resto do projecto vai ter que aguardar por garantias de financiamento, que serão solicitadas ao futuro titular da pasta da Economia. «Os anteriores tinham aberto todas as possibilidades para que o seu ministério nos pudessem financiar. Não teremos problemas em ir novamente a Lisboa», refere Maria do Carmo Borges. O Plano de Negócios da futura Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial da Guarda assenta nesta fase inicial em 32 hectares com construção, divididos por 74 lotes, e um investimento previsto de 13 milhões de euros, suportados em 65 por cento nos programas regionais de Economia. O Plano de Pormenor, da autoria do arquitecto Bruno Soares, propõe o loteamento dos primeiros 32 hectares da plataforma, nove dos quais irão destinar-se prioritariamente à implantação de projectos âncora na área logística. Já a sede da sociedade deverá ficar instalada num edifício com pavilhão multiusos.

No resto, tudo indica que a estrutura accionista deverá ser reformulada, nomeadamente com a entrada de uma entidade financeira e com “know-how” neste sector, para além do interesse já manifestado do Conselho Empresarial do Centro (CEC) e da Associação Portuguesa para o Investimento (API) em aderir ao projecto guardense. Falta ainda acertar o preço dos lotes, sendo que o montante mínimo deverá rondar os 50 euros por metro quadrado, embora a lógica do projecto contemple um custo menor nos casos da área necessária ser maior. A PLIE assenta nas vertentes de tecnopólo, logística, Área de Localização Empresarial (ALE) e serviços de apoio e investigação e desenvolvimento, estimando-se que possa gerar mais de um milhar de postos de trabalho na primeira fase do projecto. É uma sociedade com o capital social de 1,5 milhões de euros, com 11 accionistas: Câmara Municipal, NERGA, Associação de Comércio e Serviços do Distrito da Guarda (ACG), Ecosoros, Gonçalves & Gonçalves, IPE-Investimento e Participações Empresariais, grupo JOALTO, grupo Luís Simões, LUSOSCUT (concessionária da A25 auto-estrada das Beiras Litoral e Alta), Manuel Rodrigues Gouveia e SERVIHOMEM-Prestação de Serviços a Empresas. Vai ocupar uma área de cerca de 100 hectares na Quinta dos Coviais, perto da auto-estrada da Beira Interior (A23) e do caminho-de-ferro (linhas da Beira Baixa e Beira Alta).

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