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Ciclo de capeias prossegue até dia 25

Este ano, o calendário inclui 13 capeias, sete garraiadas e uma largada de touros em diversas aldeias do Sabugal

Por estes dias, os aficionados têm a agenda preenchida lá para os lados da raia. Desde 6 de agosto que as capeias “arraianas” e as garraiadas se sucedem nas aldeias do concelho do Sabugal, num ciclo taurino que já não precisa de ser anunciado.

Como habitualmente, a Lageosa da Raia abriu, a curta e intensa temporada deste peculiar evento tauromáquico. Até dia 25, estão programadas 13 capeias, sete garraiadas, uma corrida de touros à portuguesa e uma largada. Hoje, realiza-se a capeia de Aldeia da Ponte e amanhã o festival “Ó Forcão Rapazes”, que decorre na praça de touros daquela localidade. Ainda amanhã, os aficionados têm encontro marcado em Vale de Espinho e no sábado rumam a Alfaiates. Para dia 19 está marcada a capeia dos Forcalhos e no dia 20 nos Fóios. Aldeia Velha, a 25 de agosto, é o palco habitual da última capeia do verão. Antes disso, os aficionados já puderam saciar esta paixão na Rebolosa, Aldeia do Bispo Soito, Ozendo e Nave.

A capeia é o ponto alto das festas locais e realiza-se sempre após as festividades religiosas de cada aldeia. Consiste num encerro matinal dos touros pelas ruas e, à tarde, na sua lide com forcão nas praças improvisadas, recorrendo-se a carros de bois carregados com troncos de árvores, que estabelecem uma sólida barreira entre o touro e os espetadores. A origem deste ritual perde-se na memória dos tempos, mas não desaparecerá tão cedo graças ao envolvimento das comunidades em cumprir esta tradição com brio e empenho. O forcão é o elemento aglutinador desta festa, já que é com ele que se lida o touro e que os jovens se afirmam perante a comunidade.

Esta prática é única e exclusiva das gentes raianas, tanto assim que a tradição foi reconhecida como Património Cultural Imaterial dada a sua importância etnográfica, cultural e social no concelho.

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