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Chuva estraga espectáculo

Figueirense e Fornos empataram a zero num jogo disputado debaixo de um autêntico dilúvio

Tudo na mesma na frente do Distrital da Guarda. No jogo grande da jornada 5, Ginásio Figueirense e Fornos de Algodres, que partilhavam, sem terem ainda perdido pontos, a liderança da prova, não foram além de uma igualdade a zero. Com o empate, presenciado por muito público, os dois candidatos à subida viram o Manteigas ficar a apenas um ponto do primeiro lugar.

Cedo se percebeu que a qualidade do futebol não iria ser boa, já que a muita chuva que caiu na tarde do último domingo deixou o relvado em muito más condições, fazendo com que a bola ficasse presa nas poças de água muitas vezes. Na fase inicial chegou mesmo a pairar a ideia de que não haveria condições para prosseguir, tanta era a água que caía. Contudo, a primeira jogada de algum perigo surgiu aos 12 . Livre de Rebelo na direita, com a bola a chegar ao segundo poste onde Pedro Ferreira, à boca da baliza, não conseguiu cabecear para a baliza. Na resposta, aos 18 , Cédric, de fora da área, tentou a sua sorte, mas Inácio opôs-se bem. Perto da meia-hora, o Figueirense esteve muito perto do golo. À entrada da área, Cédric rematou enrolado com a defesa do Fornos a não conseguir afastar o esférico, que sobrou para Paulo Jacinto rematar ao poste esquerdo, enquanto Pedro Ferreira afastou em cima da linha de golo. Aos 37 , Beto quase fazia auto-golo. A bola prendeu na relva dentro da grande área figueirense, com o lateral direito dos locais a antecipar-se a Felipe Gomes e a cortar o esférico em direcção à sua baliza, tendo valido a boa colocação de Boneco para evitar o pior.

Na segunda metade, o Figueirense acentuou o seu domínio, enquanto o Fornos aproveitava para criar perigo sempre que podia, sendo que a chuva continuava a cair copiosamente. As primeiras oportunidades deste período pertenceram aos donos da casa. Primeiro aos 54 , David, de fora da área, rematou ao lado da baliza de Inácio, e depois, aos 66 , Cédric teve uma perdida incrível. Cruzamento da esquerda para a entrada da pequena da área, com o extremo, em excelente posição para marcar, a cabecear por cima perante a saída disparatada de Inácio. Numa altura em que Manuel Barbosa mexia na equipa para mais acutilância atacante, Camilo quase fez auto-golo com um corte defeituoso que levou a bola a embater no travessão da baliza de Boneco. Com o Figueirense balanceado para o ataque, o Fornos criou perigo numa boa jogada de Cardoso, que passou por um adversário antes de Felipe Gomes lhe ter “roubado” a bola. Nos últimos 10 minutos, o Fornos ainda dispôs de nova oportunidade para marcar. Cardoso teve mais uma boa iniciativa individual e rematou em arco, levando a bola a passar muito perto do poste esquerdo da baliza de Boneco. Já em cima dos 90 , Inácio segurou o nulo ao corresponder com uma grande defesa a um “tiro” de Manuel Rodrigues. Tendo em conta o mau estado do terreno e o facto dos jogadores não terem facilitado o seu trabalho com constantes “picardias”, o árbitro fez uma exibição aceitável.

No final, Nando Pomeu assumiu que o ponto no terreno de um concorrente directo é um «resultado positivo», salientando que o Fornos alinhou com muitos jovens formados no clube. Manuel Barbosa (Figueirense) recusou-se a fazer comentários.

Ricardo Cordeiro

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