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CHCB quer combater listas de espera em 2005

Hospital da Covilhã prepara-se para implementar este ano o sistema ALERT para maior eficácia nas urgências

O combate às listas de espera vai ser um dos principais objectivos a concretizar em 2005 pelo Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB), revelou aos jornalistas o presidente do seu Conselho de Administração, Miguel Castelo Branco, que tenciona reduzir o número de pessoas, cerca de 1.500 pessoas, que aguardam ser atendidas em algumas áreas de saúde. Urologia, cardiologia, otorrinolaringologia, cirurgia e consultas externas são as áreas mais problemáticas devido à «falta de médicos» nessas especialidades. «O serviço de urologia conta apenas com dois especialistas», exemplifica o presidente do CA.

«Ainda que não seja possível resolver as listas de espera drasticamente, vamos tentar reduzi-las», assegurou Miguel Castelo Branco, que pretende introduzir «algumas dinâmicas» para alcançar esse objectivo. Durante o primeiro semestre deste ano, o CHCB quer informatizar todo o serviço de urgência nas duas unidades hospitalares através do ALERT – Emergency Room Tracking, um sistema digital que permitirá criar uma maior eficácia dos serviços hospitalares por eliminar os papéis. Além disso, o ALERT contempla todos os profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, auxiliares, técnicos de laboratórios) e os próprios utentes por assentar sobretudo na utilização de monitores sensíveis ao tacto, na identificação dos profissionais de saúde por impressão digital e dos utentes por pulseiras. O CHCB vai também continuar o Processo de Revisão de Utilização (PRU) com a Universidade da Beira Interior para analisar a qualidade do registo clínico e do serviço prestado, bem como tentar melhorar a qualidade da informação entre o hospital e os centros de saúde da Covilhã, Belmonte e Fundão. «A Unidade de Acidentes Vasculares Cerebrais já é inédita nessa troca de informação, por iniciativa dos próprios centros de saúde. Mal o doente entra o médico de família recebe uma mensagem a indicar a hora de entrada e o mesmo acontece quando tem alta, para além de estar sempre a acompanhar o estado de saúde do utente», adianta Miguel Castelo Branco. Quanto a 2004, o presidente do CA faz um balanço positivo. As consultas externas e o número de cirurgias aumentaram, enquanto os internamentos e a afluência às urgências diminuíram.

Protocolo de Manchester implementado no Fundão

As urgências do Hospital do Fundão começaram a funcionar na manhã de terça-feira com o novo sistema de triagem dos doentes que já se encontra em vigor, e com sucesso, há um ano no Hospital Pêro da Covilhã. Mais conhecido como “Protocolo de Manchester”, este método permite estabelecer com clareza e metodologia científica graus de prioridade no atendimento das pessoas que recorrem às urgências, através de um conjunto de “fluxogramas” (discriminadores que vão do mais grave para o menos grave) que permitem determinar os sintomas do estado de saúde do indivíduo, possibilitando uma avaliação inicial das pessoas que recorrem ao serviço de urgência pelo grau de gravidade da doença e não pela ordem de chegada.

Liliana Correia

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