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CHCB, entre os melhores do país

Centro Hospitalar da Cova da Beira ocupa o quarto lugar no “ranking” dos cinco melhores hospitais portugueses

O Centro Hospitalar da Cova da Beira – que agrega os hospitais do Fundão e Pêro da Covilhã – foi considerado o quarto melhor do país num “ranking” das cinco melhores unidades nacionais. O estudo foi desenvolvido pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), da Universidade Nova de Lisboa, e coordenado por Carlos Costa, professor de Saúde Pública e considerado um dos melhores especialistas portugueses em produção e desempenho hospitalar.

O autor também foi responsável pelo estudo “Análise da Produção Real e Potencial dos Hospitais de Castelo Branco, Cova da Beira e Covilhã”, encomendado pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, onde se sugere a centralização da maternidade na unidade covilhanense. Neste “ranking”, publicado na semana passada pela revista “Sábado”, o CHCB está classificado em quarto lugar a nível geral, após os hospitais de S. João (Porto), Universidade de Coimbra e Santa Maria (Lisboa). O hospital Egas Moniz, também em Lisboa, ficou em quinto lugar. Para estabelecer esta hierarquia, a equipa de oito investigadores da ENSP utilizou uma metodologia americana, nomeadamente dois sistemas de classificação de doentes (o Diagnosis Related Groups (DRGs) e o Disease Staging). Em análise, esteve o desempenho dos hospitais através de indicadores de qualidade e de efectividade, como os resultados da mortalidade, complicações (em função de uma lista de 37) e readmissões (numa lista de 27) nos anos de 2003, 2004 e 2005, validados pelo Ministério da Saúde e o Instituto de Gestão Informática e Financeira da Saúde (IGIF).

«Tivemos em conta as características dos doentes nesses 15 agrupamentos de doenças e avaliámos o número de mortes em cada hospital em função das esperadas em cada tipo de doença», explicou a “O Interior” Carlos Costa. Assim, e de uma forma geral, o CHCB ficou classificado em quarto lugar porque, «para os doentes com as mesmas características em todas as unidades analisadas, o hospital apresentou resultados melhores que a média nacional», simplifica, nomeadamente uma taxa de óbito «inferior à esperada». O “ranking”, onde constam 81 hospitais, foi estabelecido para todos os doentes internados, casos cirúrgicos, casos médicos e em 15 agrupamentos de doenças. A saber, as doenças cardiovasculares, digestivas, endócrinas, ginecológicas, hematológicas, músculo-esqueléticas, neurológicas, oftalmológicas, oncológicas, otorrinolaringologia, pediátricas, psiquiátricas, renais, respiratórias e, por fim, urológicas. Para o total dos doentes internados e os casos cirúrgicos e médicos foram somente considerados os hospitais responsáveis pelo tratamento de 95 por cento dos doentes internados, retirando-se assim os hospitais com um volume de produção reduzida.

A “O Interior”, João Casteleiro, presidente do Conselho de Administração (CA) do CHCB, disse estar «orgulhoso» por ombrear com grandes hospitais no topo dos melhores do país. O que, na sua opinião, apenas prova que «também se fazem coisas boas no interior do país». Por isso, considera que a classificação obtida pelo CHCB é um motivo de orgulho «para toda a região e não apenas para a Covilhã». Apesar de desconhecer ainda quais os critérios analisados, o médico considera tratar-se de um resultado «justo» para o hospital, tendo em conta o trabalho desenvolvido pelos seus profissionais, bem como os projectos e acções «meritórias» realizadas. Para além disso, destaca que a distinção será também «um factor de confiança para os doentes».

Liliana Correia

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