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Chamas incontroladas no Parque Natural da Serra da Estrela

Duas frentes continuavam activas em Gouveia e Seia terça-feira à noite

As chamas continuavam a lavrar com intensidade, cerca das 23 horas de terça-feira, no Parque Natural da Serra da Estrela na zona de Alfátma/Cabeça do Velho, em Gouveia, depois de uma frente do incêndio que deflagrou domingo no concelho de Seia, em Eiró, ter evoluído para aquela zona. No combate às chamas estavam 117 homens, 31 viaturas e três meios aéreos. Segundo fonte dos Bombeiros de Gouveia, trata-se de uma zona íngreme, com falta de pontos de água e de acessos, com grande densidade de mato, alguma floresta e pasto seco, condições que contribuem para a fácil propagação das labaredas. Centenas de hectares de mato, culturas, floresta, zona de paisagem protegida, e, em Santa Marinha, uma fábrica de blocos para construção, duas viaturas e uma habitação foram consumidas pelo fogo que lavra a mais de há mais de 48 horas. Não há zonas residenciais em perigo, contudo fontes dos bombeiros de Seia e Gouveia afirmaram à Agência Lusa que foram destruídas várias culturas, nomeadamente hortas, olivais, pomares e vinhas. No entanto, o fogo ainda não tinha sido circunscrito devido aos vários reacendimentos, cujas causas poderão ter estado na humidade atmosférica «extremamente baixa» e nas «muito complicadas condições de trabalho dos bombeiros naquela encosta da Serra da Estrela», como referiu o coordenador do CDOS da Guarda, António Fonseca (ver pág.12).

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