O contrato de adjudicação da construção do Centro de Alto Rendimento de Remo no Pocinho, em Vila Nova de Foz Côa, deve ser assinado esta semana. A empresa de Amarante, Manuel Vieira & Irmãos, Lda, foi a vencedora do concurso público que teve uma dúzia de concorrentes.
Gustavo Duarte, autarca fozcoense, acredita que os trabalhos poderão arrancar «no fim deste mês ou, o mais tardar, no início de Fevereiro», vaticina, explicando que, com IVA, a empreitada terá um custo final que ronda os sete milhões de euros. O prazo de execução da obra é de 15 meses, daí que o edil continue empenhado para que o Pocinho possa acolher no próximo ano o estágio de várias selecções europeias, «especialmente as nórdicas, que vão participar nos Jogos Olímpicos de Londres». «Vamos fazer um “forcing” para que isso possa acontecer de modo a aproveitar a apetência que várias equipas internacionais demonstram por esta zona», assegura. O presidente da Câmara de Foz Côa salienta que esta é uma infraestrutura «muito importante para o concelho», até porque se trata do único Centro de Alto Rendimento do Remo do país, o que «nos vai dar um grande incremento em termos de turismo e atracção de pessoas».
De resto, considera que é um projecto «muito engraçado até sob o ponto de vista da arquitectura», uma vez que «se enquadra bem no Douro, porque irá ser implementado em socalcos, como as vinhas do Douro». Segundo Gustavo Duarte, este empreendimento «vai dotar Foz Côa, e concretamente o Pocinho, de um equipamento bastante interessante e que vai gerar um impacto positivo». Trata-se de uma «construção que dignifica o concelho e que vem permitir um maior desenvolvimento de toda a região», acredita, tendo capacidade para acolher 180 atletas. O autarca recorda que a obra já poderia estar «em “velocidade de cruzeiro”» nesta altura, mas o primeiro concurso foi anulado por todas as propostas terem superado o preço-base proposto. No âmbito da empreitada serão executados os trabalhos de construção de um equipamento desportivo de alto rendimento, constituído, nomeadamente, por uma zona de treino, uma piscina coberta, ginásio, cantina, uma zona social, uma zona de quartos, um corredor de ligação e arranjos exteriores.
Autarquia reclama sinalética na A25
Apesar de ser o único concelho do país que possui dois Patrimónios Mundiais, o nome de Vila Nova de Foz Côa não surge em qualquer placa sinalética no acesso da A25 para o recentemente inaugurado IP2. De resto, só perto de Trancoso é que surge a primeira indicação, daí que Gustavo Duarte reclame que esta sinalética seja colocada «com urgência». Nesse sentido, o município vai «questionar» as autoridades competentes na matéria, como a concessionária e a Estradas de Portugal, para que as placas com indicação não só da sede de concelho, mas também do Parque Arqueológico e do Museu do Côa, sejam colocadas na auto-estrada que liga Vilar Formoso a Aveiro. Aliás, esta é uma questão que «pode beneficiar tanto Foz Côa como os próprios turistas que nos queiram visitar», sublinha.
Ricardo Cordeiro