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Centro Comercial na zona do mercado municipal

Espaço é um dos locais alternativos à Quinta do Pina e deverá implicar a saída da central de camionagem

A zona do mercado municipal da Guarda e da central de camionagem está a ser estudada para a localização de um centro comercial de grande dimensão. O projecto do “Guarda Plaza” é mesmo o principal candidato a esta alteração de vulto no espaço urbano da cidade, embora os seus promotores se remetam por enquanto ao silêncio. Contudo, a ideia não desagrada a Joaquim Valente, disposto a apoiar «qualquer iniciativa privada que seja centralizadora e permita valorizar infraestruturas existentes».

Para o presidente da Câmara, ainda é cedo para falar no assunto, mas sempre vai dizendo que este executivo é «apologista de um centro comercial catalizador para a cidade e não periférico», devendo ainda garantir a deslocalização de alguns equipamentos municipais. Mas como se trata de terrenos públicos, será sempre necessária uma consulta prévia a eventuais investidores interessados, «com credibilidade e saúde financeira», neste ou noutro projecto. E, nesse caso, ganhará a melhor oferta. «A Câmara está disponível a vender desde que a proposta seja do interesse da cidade e da sua qualidade urbana», garante Joaquim Valente. Segundo “O Interior” pôde apurar, a ideia é englobar o mercado municipal no projecto, de forma a revitalizá-lo. Nesse sentido, alguns vendedores da praça já foram auscultados quanto a essa possibilidade. Até agora, o “candidato” mais bem posicionado é o projecto do grupo Martifer, sobretudo após o chumbo pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) da instalação do “Guarda Plaza” na Quinta do Pina, junto à Viceg. No entanto, “O Interior” sabe que esta é apenas uma das alternativas equacionadas pelos responsáveis daquele que pretende ser o maior “shopping” da Beira Interior. Uma coisa é certa, aquele parecer negativo não parece ter comprometido a iniciativa, que apenas deverá sofrer um contratempo e algumas alterações.

É público que o projecto, a concretizar com um promotor local, tem o apoio do autarca guardense, que o considera um «investimento importante para a cidade de que não podemos abdicar e tudo faremos para o garantir». Recorde-se que o “Guarda Plaza”devia estar pronto a inaugurar em Setembro de 2007 e tenciona ser o primeiro grande centro comercial da cidade. Trata-se de um “shopping center” de formato tradicional, aliado ao conceito de parque temático de produtos e actividades regionais. A infraestrutura irá ocupar cinco pisos – três para estacionamento e dois destinados a actividade comercial. O investimento previsto ronda os 30 milhões de euros. O projecto é do jovem arquitecto guardense João Madalena, com base num ‘masterplan’ da Building Design Partnership (BDP), gabinete de arquitectura inglês de prestígio mundial, também responsável, em Portugal, pelos projectos do Vasco da Gama (Lisboa), Via Catarina (Porto) ou, mais recentemente, do Dolce Vita Douro (Vila Real). Inicialmente, o “Guarda Plaza” estava previsto ocupar uma área de 35 mil metros quadrados, 25 mil dos quais de área bruta locável, para receber entre 120 a 130 lojas, um hipermercado com 10 mil metros quadrados, oito salas de cinema, área de restauração e um parque de estacionamento para 1.750 lugares cobertos. Os investidores estimam poder criar 2.100 novos postos de trabalho.

Luis Martins

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