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Centenas de figurantes recriam cerco de Almeida no fim de semana

Trata-se de uma das poucas recriações históricas realizadas em Portugal e que evoca os acontecimentos de 1810, durante o início da IIIª Invasão Francesa

Centenas de figurantes portugueses, espanhóis, ingleses e holandeses participam este fim de semana na Xª Reconstituição Histórica do Cerco de Almeida, uma das poucas realizadas em Portugal. A iniciativa é organizada pelo município, em colaboração com a Associação Napoleónica Portuguesa.

Esta iniciativa pretende recriar o Cerco de Almeida que ocorreu entra 15 e 28 de agosto de 1810, no início da Terceira Invasão Francesa. Uma forte explosão no paiol deixou a praça sem meios de defesa e, perante a reação adversa de alguns oficiais portugueses, Cox acabou por aceitar a capitulação. Esta evocação começa hoje com um seminário internacional sobre “Fortalezas e Fronteiras”, que vai prolongar-se no Centro de A Militar de Almeida, nas portas exteriores de Santo António, até sábado. Amanhã, esta viagem ao passado é complementada com um concerto na igreja matriz por um pianista e alunos de violino e guitarra do Conservatório de Música S. José da Guarda, pelo mercado oitocentista e por uma oficina de danças da época. Ao final da noite faz-se a ronda de sentinelas nas Portas da Vila, antes de um concerto do grupo guardense “100 Ensaios”. No sábado serão homenageados os mortos do cerco na Ponte do Côa e recordado Paulo Amorim, antigo diretor do Centro de Estudos de Arquitetura Militar de Almeida (CEAMA) falecido este ano.

O dia prossegue com os preparativos para a refrega, nomeadamente com um acampamento histórico-militar e oficinas pedagógicas (julgamento do espião, manobras, música militar…) e com a conferência “Almeida na Guerra Peninsular”, no Museu Histórico-Militar da vila amuralhada. A tarde termina com animação circense e de estátuas vivas nas principais ruas de Almeida, a oficina de danças e a recriação do assalto à fortaleza, durante a qual se dará a explosão do castelo, que mais não é que um espetáculo piromusical e efeitos cénicos. No final haverá música na escadaria do Quartel das Esquadras e pela noite dentro. No domingo, o dia grande deste evento, as escaramuças pelas ruas do centro histórico reconstituem a batalha, numa atividade em que a assistência pode seguir no terreno os soldados e a evolução dos combates. Depois da refrega, a animação e música continua nas ruas da vila.

No decorrer desta Recriação Histórica do Cerco de Almeida pode ainda ver as exposições de escultura “Evolução do uniforme português na moldagem caricatural”, de Carlos Gonçalves; e de fotografia “Traços de Guerra”, de Ángel Centeno; e “Grandes Ângulos”, de Ángel Pablo.

Domingo é  o dia grande do evento com escaramuças pelas ruas do centro histórico a reconstituirem a batalha

Comentários dos nossos leitores
barreiros barreiros1938@gmail.com
Comentário:
Já tive a felicidade de ver a reconstituição. É digna de se ver e deveras muito bonita. Mas atenção: eu sou ALMEIDENSE.
 

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