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CDU quer revogação de tarifa na factura da água na Covilhã

Em causa a transformação da “tarifa de uso de serviço de saneamento” em “tarifa de drenagem de esgotos”

A CDU da Covilhã anunciou terça-feira que vai propor na autarquia a revogação da nova fórmula de cálculo da tarifa de drenagem de esgotos indicada nas facturas de água dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento. «A situação traduz-se em mais um aumento encapotado e brutal da factura da água no concelho», receia Jorge Fael, membro da bancada comunista na Assembleia Municipal.

Em causa está a transformação da “tarifa de uso de serviço de saneamento” em “tarifa de drenagem de esgotos”, passando a ser cobrados 27 cêntimos por cada metro cúbico de água consumida em vez do valor fixo de 50 cêntimos mensais. A alteração surge nas facturas actualmente a pagamento, referentes ao mês de Setembro, e que englobam também os aumentos no tarifário de consumo. «Só mostra que os SMAS estão desesperadamente à procura de receitas, à custa das penosas condições de vida das famílias», refere Jorge Fael, salientando que na reunião de 27 de Junho da Assembleia Municipal «foi dito que havia alterações de designação e não de valores». «Não podemos aceitar uma alteração súbita e sem justiça social», salientou o eleito da CDU, para quem os aumentos do preço da água no concelho têm sido «tantos, que não há investimento que o justifique». «Só uma gestão ruinosa dos SMAS (Serviços Municipalizados de Água e Saneamento) pode estar na base destas tarifas», sublinhou.

Alçada Rosa, presidente do Conselho de Administração dos SMAS, reconheceu que «há um aumento, mas os investimentos feitos no tratamento de águas residuais têm de ser pagos, seguindo o princípio do poluidor-pagador». Ainda segundo aquele responsável, na reunião da Assembleia Municipal de 27 de Junho foi referido que o valor fixo se mantinha porque, «na altura», apenas a designação estava em causa. «Só mais tarde chegámos à conclusão de que haveria uma alteração no valor», numa reunião do Conselho de Administração, a 16 de Julho. Por outro lado, a Assembleia Municipal «não se pronuncia sobre tarifas, mas sim sobre taxas», as quais carecem apenas de ratificação do executivo camarário, o que aconteceu a 1 de Agosto, recordou o administrador dos SMAS.

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