A CDU deu na última segunda-feira o pontapé de saída para as eleições legislativas ao criticar o número dois do PSD, o autarca covilhanense Carlos Pinto, e o CDS/PP durante a apresentação pública de todos os candidatos da sua lista. As linhas programáticas da campanha serão reveladas no sábado na presença do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa.
«O que queremos saber é se Carlos Pinto assume as consequências do resultado das eleições e qual será a cadeira que vai ocupar», criticou Jorge Fael, que encara esta candidatura do autarca social-democrata como uma forma de «salvaguardar o futuro» ou porque «é um candidato de oportunidade na tentativa de segurar o eleitorado na Covilhã». As críticas do cabeça de lista da CDU por Castelo Branco estenderam-se ainda ao CDS/PP por não ter apresentado propostas para o distrito, apesar de ter sido a terceira força política em Castelo Branco há dois anos atrás. «O que fez o CDS/PP com os oito mil votos obtidos no distrito? Onde estava quando encerraram fábricas ou os trabalhadores se manifestavam contra salários em atraso», questionou Jorge Fael. Para além do desemprego que afecta a região, a liberalização dos têxteis, a melhoria dos salários, a A23 sem portagens, entre outras linhas programáticas de desenvolvimento do distrito, os comunistas irão ainda usar como “trunfo” de campanha o facto de PSD e PP apresentarem cabeças de lista não residentes no distrito. «Não vamos sublinhar esse facto com o objectivo de diminuir qualquer adversário. Mas conhecemos os problemas, os anseios e as aspirações do distrito e contra factos não há argumentos», garante, relembrando o «mau» desempenho de Maria Elisa, eleita pelo distrito mas que acabou por desistir a meio do mandato. «E a realidade é que temos um novo candidato de visita ao distrito», ironiza.
A acompanhar o sociólogo Jorge Fael, estará Ana Maria Leitão, professora, membro da direcção do Sindicato de Professores da Região Centro, eleita na Assembleia Municipal de Castelo Branco e candidata ao parlamento europeu nas eleições de 2004; Carlos Gil Ferreira, técnico superior do Ministério da Educação, membro do Sindicato da Função Pública Sul e Ilhas e eleito na Assembleia Municipal da Covilhã; Lurdes Figueira, professora; Joaquim Bonifácio, professor na Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) de Castelo Branco e membro do Conselho Nacional de Educação; Aurélio Madeira, operário têxtil e presidente da Assembleia Geral do Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB); Mónica Sardinha, licenciada em Língua e Cultura Portuguesas; Ramiro Venâncio, operário têxtil e dirigente do STBB; Francisco Delgado, operário químico e presidente da mesa da Assembleia-geral da Associação de Produtores. Florestais do Rio Ocresa e João Fazendas, empresário e membro da concelhia de Idanha-a-Nova do PCP.
Liliana Correia
