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CDS-PP “multa” Carlos Pinto

Nuno Reis criticou maioria PSD pelas medidas desenvolvidas nestes dois mandatos

O CDS-PP “multou” na semana passada o presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, pela «falta de estacionamento grátis na cidade». A iniciativa foi, assim, uma chamada de atenção à maioria PSD para as políticas que tem desenvolvido nesta matéria e que «só provocaram uma grande dificuldade de estacionamento» na zona do Pelourinho, salientou Nuno Reis.

A ausência de estacionamento grátis no centro da cidade é apontada pelo candidato à Câmara da Covilhã como uma das medidas «mais injustas». E nesta matéria responsabiliza a Câmara, precisamente por ter entregue o monopólio do estacionamento nos silos e à superfície a uma só empresa por um período de 25 anos. Recorde-se que, para além dos cerca de 170 lugares à superfície e dos 374 subterrâneos no silo do Pelourinho, a Parq C detém ainda os lugares do silo do Sporting. «A autarquia tem que passar a ter mais atenção aos contratos que faz com as empresas para não prejudicar ainda mais os cidadãos», exigiu, sugerindo «uma revisão do contrato» celebrado com a Parq C nem que para isso haja «algum prejuízo para a autarquia nos próximos quatro anos». O candidato democrata-cristão apontou ainda o dedo à «péssima marca» que a Câmara está a deixar ao permitir que um funcionário da ParqC acompanhe agentes da PSP para passar multas. «Essa é uma função da PSP e não da ParqC», aponta.

Com esta acção, o CDS-PP aproveitou para multar simbolicamente Carlos Pinto pelo excesso de taxas cobradas aos munícipes, por um custo de vida elevado e por «não ter feito nada» durante estes últimos anos para promover a qualidade de vida dos covilhanenses. A ausência de mecanismos para combater a elevada taxa de desemprego, de planos de urbanização e os preços elevados nas refeições escolares do ensino pré-primário e primeiro ciclo, bem como no custo do metro cúbico da água, também estiveram na mira de Nuno Reis, que criticou ainda a Câmara por promover «guetos sociais», devido à demora excessiva na análise dos processos, e pelo número reduzido de creches. Já na terça-feira, Nuno Reis responsabilizou a maioria “laranja” por a Covilhã ter «transportes com pouca segurança e horários desfasados da realidade escolar», após ter feito uma viagem de autocarro entre S. Jorge da Beira e a sede do concelho. Os democratas-cristãos quiseram “sentir na pele” o que sofre um habitante daquela zona quando tem que se levantar às cinco da manhã para apanhar a camioneta para a cidade, numa viagem de mais de duas horas, para trabalhar ou estudar. «São estradas más e inseguras», constatou, antes de propor um «novo trajecto e horários mais flexíveis», além de incentivos ao investimento para criar emprego na zona das Minas da Panasqueira.

Liliana Correia

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