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CDS-PP dá negativa a Carlos Pinto

Ex-candidato nas autárquicas aponta o dedo a algumas decisões tomadas este ano pela maioria PSD na Câmara da Covilhã

A concelhia da Covilhã do CDS-PP atribui «nota negativa» ao primeiro ano do mandato da maioria social-democrata na Câmara. Em comunicado, Nuno Reis, candidato nas últimas autárquicas, afirma que as provas dadas até aqui «foram muito más» e que não trouxeram «nada de positivo» para a cidade.

Entre elas estão as mudanças de vereação e as guerras internas no início do mandato, mas também os cortes no Cartão Municipal do Idoso, a «inexistência» de políticas de apoio e à fixação de jovens e ainda as promessas não cumpridas, caso do aeroporto. A «desorganização» do planeamento urbanístico e os constantes embargos às obras camarárias são outros exemplos apontados pelo jovem centrista, que acusa ainda Carlos Pinto de se ter aproveitado politicamente da questão da maternidade. É que Nuno Reis critica o «exacerbado tratamento público» dado ao assunto, «quando todos tinham a certeza que a maternidade nunca esteve em risco». Na sua opinião, esse empenho deveria ser dado a outras questões que colocam em «sério risco a sobrevivência de algumas cidades do interior», como os cortes nos quadros comunitários. Por último, o centrista também condena a venda de 49 por cento do capital social da Águas da Covilhã (AdC) a privados, apoiando «incondicionalmente» as medidas que alguns movimentos supra-partidários têm desenvolvido, nomeadamente o referendo local.

O dirigente considera que a venda irá comprometer o futuro do concelho e dos munícipes, avisando que tal decisão vai pôr em risco a autonomia da empresa. «Daqui a uns anos poderão ser os privados os detentores da totalidade do seu capital», receia, reclamando medidas como a taxação familiar da água e a diminuição do seu preço. De resto, Nuno Reis recorda que os valores praticados são «injustos» e que a Covilhã é o quarto município com a água mais cara. «A comprometer o futuro da forma como se tem feito, é caso para escrever uma placa na grande rotunda a dizer que “o último feche a porta”», ironiza.

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