Ricardo Salgado saiu em liberdade depois de mais de seis horas de interrogatório. Fica sujeito ao pagamento de uma caução de três milhões de euros, proibido de sair de Portugal e proibido de contactar «com determinadas pessoas».
A Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu um comunicado a precisar as medidas de coação. Em causa está «a eventual prática de crimes de burla, abuso de confiança, falsificação e branqueamento de capitais».
A PGR explica que, «no âmbito do processo Monte Branco, foram identificados movimentos financeiros que, numa primeira fase, levaram à inquirição como testemunha de Ricardo Salgado».
O texto acrescenta que, «após essa audição», prosseguiram «diligências de investigação com a cooperação da Autoridade Tributária e Aduaneira, designadamente com a obtenção de elementos de prova por via da cooperação judiciária internacional, tendo sido recolhidos novos indícios que justificaram um conjunto de diligências de busca que foram levadas a cabo» esta quarta-feira.
Na sequência destas buscas, a PGR explica que foi pedida – e deferida – a emissão de mandados de detenção de Ricardo Salgado, «que passou a assumir a qualidade de arguido». De acordo com o comunicado, o banqueiro manifestou o «propósito de prestar declarações e de colaborar com a justiça para o esclarecimento dos factos».