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Castelo de Marialva gerido pela Câmara da Mêda

Monumento Nacional e posto de turismo vão estar abertos todos os dias da semana

O castelo e o posto de turismo de Marialva vão passar a ser geridos pela Câmara da Mêda, que «não estava satisfeita» com o trabalho desenvolvido pela ex-delegação do IPPAR (Instituto Português do Património Arquitectónico) de Castelo Branco.

O município garante que, doravante, o Monumento Nacional da Aldeia Histórica poderá ser visitado todos os dias, ao contrário do que acontecia até aqui. O protocolo com a Direcção Regional da Cultura do Centro vai ser assinado ainda este mês. João Mourato, autarca medense, considera que se vai abrir uma «nova era», lamentando que «muita gente» que chegava a Marialva para visitar o castelo e o posto de turismo “batesse com o nariz na porta”: «As pessoas viam-se impossibilitadas de poder visitar aquele monumento e nós ficávamos tristes e um pouco revoltados com a situação», lamenta. Agora, a autarquia pretende fomentar uma «reutilização mais em conformidade com os interesses locais», bem como adoptar uma «gestão mais eficiente e correcta». Isto porque, «como estava o castelo, com pouca gente a trabalhar em termos de guardas e de guias, acabava por não passar uma mensagem de divulgação do património da Mêda», queixa-se o edil.

Por isso, a autarquia vai colocar em Marialva pessoas «com conhecimento para orientar visitas ao castelo». O município quer dar ainda «maior dignidade» ao monumento, pelo que vai fomentar actividades. As entradas continuarão a ser pagas, mas apenas numa «módica quantia». João Mourato adianta que o castelo estará aberto todos os dias, até porque «não está na nossa mente chegar lá alguém e não poder visitá-lo, como acontece actualmente». No protocolo, a assinar brevemente, ficará estabelecido que a Câmara assume a limpeza e manutenção do espaço, enquanto o Ministério da Cultura fica responsável, «se for caso disso», pelas grandes obras, a reparação de muralhas e outros investimentos. No posto de turismo, que também passará a funcionar diariamente, continuarão a ser vendidos artigos do Ministério da Cultura, bem como «alguns artefactos e produtos típicos da Mêda, que todos os turistas gostam de levar», salienta o presidente da Câmara.

Ricardo Cordeiro

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