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«Caso o Lameirinhas tivesse subido ainda fazia mais uma época»

Caderneta de Cromos

P – Porque decidiu terminar a carreira no futsal aos 32 anos?

R – Ainda podia jogar mais dois ou três anos a um nível médio/alto, mas foi uma decisão pessoal, muito meditada e com o apoio da família. Olho para trás com imenso orgulho de tudo o que consegui e agradeço as oportunidades que me deram nestes 22 anos de carreira.

P – Anunciou a decisão com um vídeo nas redes sociais. Como surgiu a ideia?

R – Não podem ser só as estrelas do futebol mundial a ter direito a uma despedida em grande.

P – Ter o Lameirinhas na Iª Divisão teria sido a despedida perfeita? Que balanço faz da época?

R – Caso tivesse subido, acho que ainda fazia mais uma época. Ajudar o Lameirinhas a chegar à Iª divisão sempre foi um dos meus objetivos e este ano as oportunidades foram muitas. Mas o balanço é positivo porque melhorámos a classificação da época passada, embora haja o sentimento de que poderíamos e deveríamos ter atingido um feito histórico para o clube e para o futsal distrital. As lesões também influenciaram, pois, apesar da enorme qualidade do plantel, foi complicado gerir as ausências de Tiago Torres, Bruno Torres, Caseiro, Mocho e Bessa.

P – Jogou futebol de onze e depois dedicou-se ao futsal. Qual prefere?

R – Quando me iniciei no futebol ainda não se falava do futsal. Só com 15 ou 16 anos é que comecei a participar nalguns torneios com o Lameirinhas jovem, mas só mudei aos 23. Foi a altura perfeita, pois terminei o futebol de 11 como campeão distrital e iniciei a aventura do futsal com a subida à IIª Divisão Nacional. Gosto das duas modalidades, mas cada uma à sua maneira.

P – Qual foi o episódio mais caricato que lhe aconteceu?

R – Aconteceu no futebol de 11, ainda nas camadas jovens, no complexo desportivo da Estação, na Covilhã. Houve um cruzamento para a nossa área e eu, pensando que tinha ouvido um apito e que a bola tinha saído, agarrei-a tal como um guarda-redes de topo. Penálti e golo. Foi o primeiro de uma goleada.

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Perfil

Nome: Pedro Bessa

Clube atual: GDR Lameirinhas

Idade: 32 anos

Ídolo no futebol: Luís Figo

Posição: Ala

Naturalidade: Guarda

Profissão: Técnico de Informática

Clubes onde já jogou: Desportiva da Guarda, NDS, Mileu, Sabugal, Mêda, Souropires, Manteigas Futsal e ABC Nelas.

Hobbies: Dedicar-se à família e à filha; conviver com os amigos da bola

Clube do coração: ACR Fernão Joanes

Pedro Bessa

Sobre o autor

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