Publicou o Diretor de “O Interior” no seu editorial do dia 11 de abril um texto no qual afirma, e citamos, «O IPG contratou para uma conferência Miguel Gonçalves, um licenciado “especialista” em empreendedorismo. E ao que parece há um grande entusiasmo entre dirigentes, professores e provavelmente alunos do Politécnico com a vinda do “empreendedor”. É inacreditável como uma instituição que tem feito um esforço de credibilização (bem necessário), e que devia seguir o seu caminho evidenciando qualidade técnica e científica, contrata um hilariante vendedor de facilitismo. Compreende-se a tentação, pois os mais jovens são cada vez mais atraídos pelo vale-tudo e por chamamentos superficiais, mas que o Politécnico não se sinta obrigado a “nivelar por cima” é embaraçoso e incompreensível. Ter sucesso a vender pipocas não é vergonha nenhuma, mas que um vendedor de banha-da-cobra ande a ser pago por estabelecimentos de ensino superior (público) para vender a ilusão de que tudo é fácil é a negação das funções de uma academia onde o esforço e o trabalho devem ser a base e o sustentáculo do sucesso.»
Duas observações: a primeira para dizer e comprovar pelos documentos em anexo, que o IPG despendeu com esta “palestra” a módica quantia de 251,15€. Para quem (o palestrante) veio de Braga, pagou os transportes, as portagens e a alimentação, não foi certamente ao IPG que veio “ganhar” dinheiro para se sustentar!
Sobre o conteúdo e/ou o prestígio do palestrante, não nos cabe o papel de defensor, mas apenas a simples constatação que o Sr. Diretor de “O Interior” não foi visto na palestra. E como não assistiu, não sabe, nem tem legitimidade ética, nem profissional, para emitir opinião sobre a mesma. Desconhece o conteúdo, a forma e os resultados, pelo que a única conclusão a que chegamos é que “O Interior” deixou de fazer jornalismo sério e responsável para fazer jornalismo baseado no Youtube!. Lamentável!
Constantino Rei, presidente do IPG
