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Carlos Pinto quer continuar «ritmo de trabalho»

Autarca recandidatou-se na última sexta-feira e apresentou projectos para o próximo mandato

«Competência e Trabalho», é a promessa deixada por Carlos Pinto aos covilhanenses se voltar a ser eleito presidente da Câmara da Covilhã em Outubro. O compromisso foi assumido na última sexta-feira, no Jardim do Lago, perante algumas centenas de pessoas. Num ambiente de festa, o actual autarca passou em revista, graças a um filme, as principais obras dos seus últimos dois mandatos em termos de acessibilidades, desporto, cultura, educação, ambiente e apoio social. E adiantou alguns projectos para o futuro de forma a continuar a afirmar a “cidade neve” como «terra de progresso e desenvolvimento».

Carlos Pinto quer manter o «ritmo de trabalho» dos últimos oito anos. «É por isso que sou de novo candidato. Os covilhanenses já sabem como um mandato mal gerido pode deitar a perder oportunidades e obras fundamentais», disse, aludindo ao mandato do socialista Jorge Pombo. «O tempo não é de experiências nem aventuras. É de quem assegura respeito pelo voto para fazer e realizar obra ao serviço dos covilhanenses e não ao serviço de partidos ou governos. Antes dos partidos, está a Covilhã», sublinhou. Uma ideia patente nos cartazes da candidatura, onde não há qualquer alusão ao PSD, pois no poder local só há «projectos, capacidades e identificação com os anseios das pessoas». O candidato considera mesmo que «as muletas dos partidos só servem para ajudar aqueles que não têm argumentos para apresentar» e que ele não precisa do seu «para me apresentar como sou».

O emprego e a criação de novas empresas foram apontadas como a «primeira preocupação» do próximo mandato, continuando a política que tem desenvolvido desde 1997: «Desde 1998 que se instalaram 63 empresas no parque industrial do Tortosendo, estando ali a ser criados, ou foram-no já, 877 empregos. E o comércio vai ainda gerar este ano 500 empregos», apontou, referindo-se igualmente ao Parkurbis – Parque de Ciência e Tecnologia como o investimento que «mais impacto vai ter no futuro da Covilhã». De resto, o autarca espera poder inaugurar o edifício principal este mês com dez empresas de novas tecnologias instaladas. O tema deu o mote para um aviso a José Sócrates: «Num momento em que o Governo fala do plano tecnológico e das novas tecnologias, o mínimo que lhe pedimos é que não ignore a iniciativa da Câmara da Covilhã, sob pena de desvalorizar o que anda a anunciar», disse.

Obras para o futuro

O autarca exigiu ainda a electrificação da linha da Beira Baixa até à Guarda, a renovação da zona envolvente à estação, a criação da zona de jogo da Covilhã, a construção da Pousada do Sanatório e investimentos estrangeiros para o Parkurbis. Carlos Pinto não esqueceu também a construção do IC6, do aeroporto regional e das barragens das Penhas e da Atalaia. Para as freguesias, prometeu continuar a melhorar os equipamentos, acessibilidades e infraestruturas, nomeadamente a renovação das estradas de ligação entre Verdelhos–Peraboa– Ferro e São Jorge da Beira– Barroca Grande. Na cidade, o autarca assumiu o compromisso de construir o museu generalista na zona do Castelo, a terceira fase do Parque Industrial do Tortosendo, o Centro de Artes e a continuidade da ligação da Avenida Infante D. Henrique até ao TCT (junto ao Inatel). A requalificação do centro histórico também está na ordem do dia. «Até 2010, a zona histórica será uma das mais belas das cidades portuguesas. Tudo será renovado, dos interiores às fachadas das casas, mas também as praças e ruas», salientou.

Na acção social, quer alargar os benefícios do cartão municipal do Idoso aos jovens e aos conjugues com menos de 65 anos. Para as crianças, além da informatização das escolas, o autarca prometeu ainda a leccionação de duas línguas estrangeiras e o ensino da música. Na área da saúde, anunciou para Outubro a nova unidade de diálise e não esqueceu a polémica das Unidades Locais de Saúde. A esse propósito, Carlos Pinto criticou a Governadora Civil de Castelo Branco, Alzira Serrasqueiro. «Não lembrava ao diabo, mas lembrou ao Governo, tentar concentrar a gestão do nosso hospital universitário e dos centros de saúde em Castelo Branco. Se estas sugestões nascem dessa entidade caduca que é o Governo Civil, então acabe-se com essa entidade», arengou, classificando-a de «lastimável excrescência da estrutura centralista dos anos 30». Quanto à sua equipa, Carlos Pinto disse que apenas começará a ser definida durante este mês.

Liliana Correia

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