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Carlos Pinto de olho na Câmara da Covilhã

Os cabeças-de-lista do PSD à Câmara da Covilhã e respetiva Assembleia Municipal serão decididos amanhã à noite pela secção local.

Ao que tudo indica, o presidente da comissão política será o nome indicado e quem já reagiu foi Carlos Pinto, que está decidido a regressar às lides políticas na autarquia. Numa carta enviada aos militantes sociais-democratas, o ex-presidente da Câmara acusa Marco Batista, líder da concelhia, de «“encanar a perna à rã”, reduzindo as diligências preparatórias das autárquicas a um mero jogo de sombras, em que ele e só ele participava, para terminar com a sua própria indicação como candidato à Câmara».

Carlos Pinto revela que, por várias vezes, se mostrou «disponível para ajudar como candidato a um dos órgãos municipais, e levava três nomes de pessoas com passado na vida pública, com prestígio profissional, bem conhecidos como sociais-democratas de sempre, também dispostos a colaborar». Sem nunca ter obtido uma resposta positiva da concelhia, o histórico dirigente diz ter sido convidado na passada sexta-feira «sem ponta de convicção» para colaborar. «Respondi que não aceitava factos consumados, sem análise de equipas, projetos e estratégia geral de candidatura», escreve na carta enviada aos militantes, acrescentando que o candidato foi escolhido por uma «estrita lógica pequena e redutora dos órgãos internos».

O antigo autarca não vê «Marco Batista como a pessoa com credibilidade e dinâmica para ganhar a Câmara», acrescentando ainda que se trata de «um processo de autoescolha», revelador de «falta de dimensão política e de desprendimento partidário». Na missiva, Carlos Pinto lamenta também que esta candidatura «não é para ganhar a presidência da Câmara, mas para obter apenas um vereador no lugar do Joaquim Matias». E alude a «uma dificuldade do PSD/Covilhã se descomprometer com este PS» devido ao facto de Marco Batista estar «em funções remuneradas numa tal Associação de Judiarias, confiada pelos socialistas». «A confirmação de Marco Batista como candidato responsabiliza quem votar esta proposta na sexta-feira e é uma precipitação que o partido vai pagar caro uma vez mais, como pagou em 2013», considera Carlos Pinto. E anuncia que divulgará «oportunamente» a sua participação nas próximas autárquicas, «acompanhado de cidadãos que não se reveem neste PSD».

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