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Carlos Ascensão com vida difícil em Celorico da Beira

PSD está de regresso à Câmara de Celorico da Beira após 24 anos mas não vai ter mandato fácil com maioria relativa no executivo

O novo presidente da Câmara de Celorico da Beira vai ter que fazer acordos com a oposição para governar, mas Carlos Ascensão acredita que conseguirá ultrapassar esse obstáculo com diálogo.

«Saberei ouvir, mas também saberei decidir sem dilação», avisou o autarca no seu discurso de tomada de posse realizada na segunda-feira. O PSD está de regresso ao poder em Celorico da Beira após 24 anos mas a tarefa não se avizinha fácil. É que o social-democrata tem tantos vereadores (2) como os socialistas, liderados por José Albano Marques, enquanto o ex-presidente da Câmara Júlio Santos, que liderou um movimento independente, está de regresso ao executivo celoricense e promete ser o fiel da balança numa autarquia sem maioria clara. «A maioria absoluta não era, à partida, um pressuposto necessário» para governar a Câmara, afirmou Carlos Ascensão, que anunciou que procurará «dia-a-dia os consensos necessários» para tal. Vinte dias após ser eleito, o autarca assumiu que lhe cabe «cumprir, nunca desiludir» o «grande movimento de mudança e de esperança» que o elegeu. «Vamos trabalhar para construir um município mais equitativo, mais tolerante e mais justo e iniciar um ciclo de evolução económica, cívica e social», declarou o novo presidente.

Carlos Ascensão acrescentou que vai «manter o que está bem e melhorar o que for necessário» em benefício da qualidade de vida dos celoricenses, gerindo «com transparência e rigor de contas». Na sua opinião, o novo executivo tem «o dever de ser melhor e mais eficiente na gestão do concelho» que os antecessores, sublinhando que as contas rigorosas são «o pressuposto a partir do qual se desenvolve o concelho». Em declarações aos jornalistas, José Albano Marques garantiu que o PS está no executivo «para ajudar e contribuir» para o desenvolvimento do concelho. Por sua vez, Júlio Santos não prestou declarações aos jornalistas.

O executivo liderado por Carlos Ascensão, eleito presidente com 40,7 por cento e 2.198 votos, é composto pelos vereadores António Silva (PSD), José Albano Marques e Bruno Almeida (PS) – os socialistas obtiveram 36,31 por cento e 1.961 votos –, e Júlio Santos (independente). Já a Assembleia Municipal é presidida pela social-democrata Denise Fragona, que liderou a lista apresentada pela sua bancada.

Luis Martins «Saberei ouvir, mas também saberei decidir sem dilação», disse o novo presidente da autarquia

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