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Caranguejo

Signos na escola

Miúdo ou graúdo, masculino ou feminino, uma das regras é ser redondo, rotundo, se quiser. Há casos em que tal traço identificativo se detecta logo na pré-adolescência. Para esta rotundidade não há nenhum mistério: o caranguejo é dotado de massas viscerais abundantes. Quando adulto, há espécimes que chegam a ser impressionantes. Ou seja: sugere-se-lhe aturado exercício físico e, eventualmente, menos ingestão de água. A propósito: já viu um auto-retrato de Rubens?

Tal qual o “capricórnio” se assimila ao pai austero e a exigir respeito, o “caranguejo” equipara-se à mãe, carinhosa, desvelada. A mãe para quem o filho é motivo de tanta atenção que pode espantar os de outros signos; ou o filho que jamais deixará de estar em contacto com a mãe, ou porque lhe telefona diariamente ou porque, antes de escolher noiva, ou de outros importantes passos na vida, é à mãe que consulta – antes de qualquer outra pessoa.

O aluno débil, que um dia conseguiu uma positiva honrosa num ponto, no intervalo seguinte comunica a boa nova à progenitora – embora o canceriano possa também alienar-se dela. A regra, todavia, é o apego visceral.

Outra razão pela qual se identificam é a sua delicadeza, a sua calma; e ter atenção para eles é oiro sobre azul. Melhor. Dê-lhe quanto apoio puder, porque o temor lhes é intrínseco, o seu calcanhar de Aquiles. Não seja áspero para eles, porque não é difícil feri-los. São profundamente emotivos e o seu ego pode alternar como as fases lunares, o que é mais perfeitamente claro no feminino.

As lições que a vida lhes propiciou preservá-las-ão, assim como as que a História ensinou à Humanidade. É um venerador do passado, assim um arqueólogo, digamos, em busca dos factos mais interessantes. Se se revelar um coleccionador ou alguém com uma insaciável curiosidade pelo passado, não há que espantar. Especialmente, portanto, à atenção do professor de História.

Se lhe identificar altos e baixos também não se espante. São assim. Tal qual são poderosamente contagiantes as suas gargalhadas e, com elas, também se identificam; além de ser quem mais aprecia uma anedota. Caso um dia – melhor: sempre – veja um aluno que, no decorrer da interpelação que lhe faça e da resposta que dele ouvir, modifica incontáveis vezes a sua expressão, já sabe frente a quem está.

Não se diz que Rembrandt é um perfeito “fotógrafo” da alma? Os cancerianos, intuitivos e com a sua potente imaginação, integram a alegria e o desespero, o horror e a compaixão, a tristeza e o êxtase e a sua memória preservará tudo na perfeição. E o estimado leitor está a ver “Susana e os velhos”, “Betsabé” ou “Jeremias, lamentando a destruição de Jerusalém”, pintados pelo génio holandês?

E, para com o “caranguejo”, toda a empatia emocional é a regra. Assim lhe emergirão as qualidades artísticas e criativas. Seja cordial e, quando adulto, vê-lo-á calmo, confiante, paciente, generoso…

Sobretudo lembre-se – são intuitivos; não raro poderosamente. E, quando adultos, trabalham para atingir o topo.

Alves Ambrósio (professor)

(com recurso a Linda Goodman, Guia Astrológico)

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