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Candidatos protagonizam jogo cinzento

Sporting da Mêda e Foz Côa não foram além de um empate a zero na penúltima jornada da primeira volta

Expectativas furadas. Este deve ter sido o sentimento da generalidade dos muitos adeptos que se deslocaram ao Municipal medense para assistir à partida entre a equipa da casa, segundo classificado, e o líder do Distrital, o Foz Côa. Apesar da entrega das duas formações, que se debateram com algumas baixas, o nulo inicial não foi desfeito num resultado que é mais favorável aos visitantes.

O Sporting da Mêda foi quem rematou pela primeira vez à baliza contrária, com Edi a obrigar Valter a uma boa intervenção logo aos 3’. A resposta do Foz Côa surgiu aos 14’ e também na cobrança de uma falta, mas Bruno Coutinho rematou para defesa atenta de Zé Luís. A partir daqui, o jogo entrou numa fase mais morna, foi muito disputado a meio-campo, com poucos lances de ataque e maior domínio territorial dos locais. As únicas excepções a esta monotonia foram protagonizadas por Tibério nos últimos minutos do primeiro tempo. Aos 39’, o jovem extremo desenhou uma boa jogada individual pela esquerda que culminou com um remate cruzado que saiu ligeiramente ao lado. Passados quatro minutos, num lance de contra-ataque, Tibério serviu Edi, que, em boa posição, se deixou desarmar por David.

A segunda metade começou praticamente com um remate violento de Edi ao poste direito da baliza de Valter, que estava completamente batido. O Foz Côa parecia uma equipa satisfeita com o empate e a única situação digna de registo que criou em toda a segunda parte ocorreu aos 58’ com Faneca, de livre, a forçar Zé Luís a nova defesa. Volvido um minuto, Edi, o jogador mais inconformado da sua equipa na etapa complementar, protagonizou uma grande arrancada pela direita, deixando vários adversários pelo caminho, mas o cruzamento saiu demasiado largo. Seguiu-se um novo período desinteressante até aos 86’. Patoilo, que Artur Lobão fez avançar para o ataque em troca com Gaspar, tentou a sua sorte de fora da área para defesa a dois tempos de Valter.

A Mêda intensificou a pressão no cair do pano e esteve perto de marcar no terceiro minuto de compensação. Após cruzamento da esquerda, Edi desferiu um excelente cabeceamento que levava “selo de golo”, mas Valter fez a defesa da tarde e segurou o precioso empate. André Silva viu o seu trabalho bastante contestado pelos medenses, especialmente nos dois lances em que reclamaram grande penalidade e que nos deixaram dúvidas. No final, Artur Lobão considerou que a sua equipa foi a que mais fez para chegar ao triunfo: «São dois pontos perdidos porque jogámos sempre para ganhar. Praticámos um futebol de ataque, mas tivemos azar e não marcámos, o que não é hábito, mas acho que jogámos um futebol bastante superior», declarou. Do lado contrário, Dadinho disse que pensava «ganhar» na Mêda, só que devido a «algumas baixas no plantel e pelo jogo jogado, acabou por ser um bom resultado para o Foz Côa pontuar aqui», sustentou, considerando que o adversário «não fez mais nada a não ser pontapé para a frente».

Ricardo Cordeiro Rodeado por três opositores, David Reis tenta criar perigo pelo flanco esquerdo

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