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Candidatos crónicos empatam

Jogo grande, fraco espectáculo entre Figueirense e Gouveia

No jogo grande da jornada, já que em campo estavam dois “crónicos” candidatos à subida, “a montanha pariu um rato”. Numa partida muito táctica, houve poucas oportunidades de golo e um empate. Tudo numa tarde de muito frio, ainda assim com algum público e sem grandes condimentos dentro do relvado para um jogo à medida das equipas.

Com duas partes distintas (uma para cada equipa), há apenas a registar os lances de bola parada já que o contra-ataque quase nunca funcionou, e só aos 28’ é que o público teve oportunidade de se levantar quando Bruno Coutinho “arrancou tinta” ao poste. Como que a adivinhar o golo, o Figueirense carregou, mas ao de leve, e foi Zézito, antigo jogador do Gouveia, que aproveitou o brinde da defensiva visitante, que deixou passar a bola de uma ponta à outra da área onde apareceu o defesa a desfeitear o desamparado Miranda. Devido à intensa chuvada que caiu durante a manhã, o relvado estava muito “rápido”, o que, aliado à forte ventania da tarde do jogo, não permitiu que o Ginásio fizesse melhor já que ao mínimo toque a bola “fugia” rapidamente para fora das quatro linhas.

O intervalo foi bom conselheiro para os homens de Gouveia, que contaram com o vento a favor no regresso das cabinas e acercaram-se da baliza figueirense. O golo do empate surgiu de bola parada, aos 65’. Num remate de 30 metros, Bruno defendeu para a frente e Patrício, que jogou no Figueira na época transacta, bateu na ressaca o guarda-redes da casa. Assistiu-se a partir daqui a um jogo de nervos no Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo, com o Ginásio desesperadamente à procura da vitória, mas sem Silva (saiu lesionado) e contra o vento pouco houve a fazer. Registo, contudo, para um contra-ataque que Paulo Jacinto não conseguiu emendar com a baliza “escancarada”. O árbitro não comprometeu, mas também é verdade que condescendeu no aspecto disciplinar, principalmente no que diz respeito ao Gouveia, que reclamou de tudo e de todas as jogadas. O Figueirense cedeu os primeiros pontos mas não perdeu a ambição, embora os seus dirigentes aparentem alguma apreensão relativamente ao jogo da próxima semana, deslocando-se a Celorico da Beira com bastantes baixas. Tudo isto a duas partidas do jogo grande em Trancoso, campo tradicionalmente difícil para as hostes figueirenses.

Carlos Coelho

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