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Câmaras fazem levantamento dos prejuízos

Segundo os dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios, além da Guarda, os concelhos mais afetados pelos fogos entre os 17 e 19 de julho foram Fornos de Algodres e Vila Nova de Foz Côa.

No primeiro caso, as estimativas apontam para 3.400 hectares ardidos nesses três dias, enquanto no município fozcoense terão ardido 1.760 hectares. Em Fornos de Algodres, apesar da extensão do fogo, não haverá «muitos prejuízos», refere o presidente da Câmara. Manuel Fonseca adianta que os serviços já estão no terreno a fazer o levantamento: «Terão ardido uma ou duas palheiras, terrenos agrícolas, mato e alguma floresta na zona de Vila Ruiva, num local que já tinha ardido em anos anteriores», adianta o edil, que não tem razões de queixa da atuação dos operacionais. «Não houve falta de coordenação dos meios no terreno. Tanto assim que 44 elementos dos GIPS da GNR conseguiram dominar o incêndio junto a Vila Ruiva. Pelo que vi, os meios foram eficazes», afirma Manuel Fonseca.

Em Almeida, o município também já iniciou o levantamento dos prejuízos, que terão sobretudo a ver com mato, floresta, pastagens, anexos e alfaias agrícolas, bem como alguns animais. «Sabemos que os prejuízos são avultados, sobretudo pastagens e floresta, e que ardeu um armazém no Freixo», refere António Baptista Ribeiro. O presidente da Câmara estima que a área ardida seja «muito grande, da ordem dos 5 mil hectares», e que haverá muitos agricultores com a vida complicada. «Já temos conhecimento de dois casos mais graves, mas não há ninguém nestas povoações que não tenha sido afetado», acrescenta, dizendo desconhecer se o Fundo de Emergência Municipal vai apoiar estes casos. «Espero que o apoio do Governo chegue a estas pessoas», sublinha Baptista Ribeiro.

O autarca considera que no primeiro dia do incêndio que progrediu do Rochoso, na Guarda, houve «poucos meios humanos» no terreno. «Eram apenas 115 operacionais para quatro frentes. O próprio comandante distrital de operações e socorro já assumiu que era pouca gente», afirma, sublinhando que na Cabreira «valeu a intervenção da população». O presidente de Almeida confirma ainda que um meio aéreo avariou durante o combate às chamas, o que dificultou ainda mais as operações.

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