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Câmara, IPG e NERGA participam em “cluster” agro-industrial

Plataforma logística da Guarda poderá acolher centro de distribuição de produtos agrícolas

A Câmara da Guarda, o Politécnico e o NERGA – Associação Empresarial da Região da Guarda são alguns dos parceiros do “Inovcluster”, um projecto vocacionado para o desenvolvimento do sector agro-industrial na região. A candidatura, que também envolve as autarquias de Castelo Branco e Cantanhede, o Politécnico de Castelo Branco, o Instituto Pedro Nunes da Universidade de Coimbra, a Associação Empresarial da Região de Castelo Branco (NERCAB) e vários privados, vai ser apresentada ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) na próxima semana.

O “Inovcluster” foi divulgado na última reunião do executivo, realizada na terça-feira, tendo o assunto sido agendado na abertura da sessão e logo retirado. Como os documentos só foram entregues nessa manhã, os vereadores do PSD alegaram desconhecer os estatutos da futura associação que vai concretizar a candidatura, cuja escritura também está marcada para a semana. «O PS é useiro e vezeiro em apresentar processos à última da hora para não permitir uma análise pormenorizada dos documentos. Mas nós não entramos neste tipo de jogadas», criticou Ana Manso, pedindo o agendamento do assunto para a próxima reunião. Virgílio Bento, que presidiu à sessão devido à ausência de Joaquim Valente, anuiu, mas adiantou que este contratempo poderá obrigar o município a integrar aquela entidade numa fase posterior à escritura de constituição. «É o recurso que nos resta, porque a Câmara ainda não deliberou nem aprovou os estatutos da associação», disse.

Segundo o vice-presidente da autarquia, o “Inovcluster” inclui acções na área agro-industrial e de investigação agrícola, sendo que a Guarda vai desenvolver uma plataforma tecnológica de distribuição sediada na PLIE. «Trata-se de potenciar um centro logístico de distribuição de produtos agrícolas, cujo investimento candidatado é cerca de 1,5 milhões de euros», explicou Virgílio Bento. Na terça-feira, o executivo deliberou ainda adjudicar a beneficiação da ligação ao castro do Tintinolho, a partir da Cruz da Faia. «O objectivo é facilitar o acesso para que este Monumento Nacional seja visitado pelas pessoas», acrescentou o também vereador. De resto, a candidatura ao Plano Operacional de Cultura a isso obriga. Os trabalhos vão arrancar brevemente e consistem no asfaltamento de um caminho rural paralelo à calçada romana, que ainda é uma das poucas acessibilidades ao local.

«Actualmente, estão em curso trabalhos de investigação arqueológica, no âmbito de uma parceria com a Universidade de Coimbra. Tal como o Jarmelo e o Mileu, o Tintinolho é um espaço que deve estar disponível para os visitantes, até porque é ali, segundo dizem, que está a origem da Guarda», referiu Virgílio Bento. Esta é uma das 14 intervenções previstas em caminhos rurais por todo o concelho, num investimento de 1,5 milhões de euros.

Luis Martins

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