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Câmara investe 4,2 milhões na regeneração urbana

E quer concessionar assessoria desportiva por 90 mil euros anuais a empresa externa

A Câmara da Guarda vai abrir concursos para várias obras de requalificação a levar a cabo na cidade, no âmbito do programa de regeneração urbana, representando um investimento superior a 4,2 milhões de euros. Metade desse valor será gasto na intervenção do Arco Comercial da Guarda (2,7 milhões). O assunto foi analisado na última reunião de Câmara.

As obras vão desenrolar-se entre a rotunda do Colégio de S. José e o Bonfim, nas ruas António Sérgio, Calouste Gulbenkian, Cidade de Safed e Almirante Gago Coutinho e consistem na repavimentação destas artérias e na valorização da envolvente. Está previsto o alargamento da rotunda da Ti’Jaquina e a requalificação paisagística do descampado existente junto ao restaurante “O Imperador”, onde será criado um jardim com uma fonte interactiva, um espelho de água e uma cascata. A estrada entre as rotundas do Colégio de S. José e da Ti’Jaquina terá duas faixas de rodagem de cada lado, conforme o perfil existente na Avenida Monsenhor Mendes do Carmo. A requalificação da rede viária estruturante do Bairro da Luz (mais de 546 mil euros) é outra empreitada de vulto que promete revolucionar o trânsito local, o mesmo sucedendo no Bairro do Bonfim (mais de 538 mil euros).

A autarquia vai ainda requalificar o pólo desportivo do Bairro de Nossa Srª. Dos Remédios (cerca de 222 mil euros), com a cobertura de um campo e a construção de outro. Finalmente, o espaço entre as Portas do Sol e as passadeiras da Igreja da Misericórdia, no Largo João de Almeida, também vai ser intervencionado em termos de piso e de requalificação urbana (160 mil euros). Todos os projectos foram elaborados pelos serviços técnicos da autarquia e a sua execução vai agora ser posta a concurso. Recorde-se que a Guarda tem aprovada uma candidatura de mais de 9,2 milhões de euros ao Programa de Parcerias para a Regeneração Urbana, um investimento comparticipado pelo FEDER em quase seis milhões de euros. Todos os projectos apresentados – 18 no total – devem estar prontos até 2013.

Na reunião de segunda-feira, soube-se ainda que a autarquia quer concessionar a assessoria desportiva nos próximos anos. Este proposta de contratação de serviços de “outsourcing” nesta área foi justificada com a contenção de despesa. O vereador Vítor Santos esclareceu que se trata apenas de um «documento de reflexão» para futuro procedimento, mas sublinhou que esta opção permitiria poupar «cerca de 15 e 29 por cento comparativamente aos dois últimos anos», já que se propõe entregar o serviço de organização de eventos desportivos de nível nacional e internacional na Guarda por cerca de 90 mil euros para 2011 – «3.500 euros por mês», especificou. Além de poupar, segundo o responsável, o pelouro não tem capacidade para gerir este dossier, uma vez que conta apenas com dois técnicos. Rui Quinaz disse-se adepto do “outsourcing”, mas neste caso lamentou que a Câmara venha a assumir «um novo custo, mantendo os encargos com os técnicos municipais». Vítor Santos respondeu, dizendo que as sete actividades a negociar «só avançarão conforme as disponibilidades financeiras da Câmara», enquanto Joaquim Valente tranquilizou os eleitos da oposição afirmando que «cada afectação de verbas terá que ser deliberada pelo executivo».

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