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Câmara do Sabugal inicia recuperação das Termas do Cró

Primeira fase dos trabalhos deverá ter arrancado ontem

A Câmara do Sabugal vai investir 18 milhões de euros para recuperar as Termas do Cró, encerradas há 30 anos, e transformá-las «num grande pólo de atracção e de desenvolvimento para o concelho», afirmou uma fonte autárquica à Agência Lusa. A intervenção vai ser realizada em três fases, a primeira das quais começou ontem, num investimento de 2,5 milhões de euros. Os trabalhos começam com as obras da ligação rodoviária entre a Estrada Nacional 324 e o complexo termal e a instalação de infra- estruturas de rede de águas, esgotos, gás, electricidade e telecomunicações.

A construção de um reservatório de água, a execução de plantações e sementeiras e a instalação de redes de rega em toda a área do Parque Termal fazem também parte da intervenção inicial. A adjudicação da obra constitui o primeiro passo no processo de revitalização da antiga estância termal, situada entre as freguesias de Rapoula e de Seixo do Côa. O presidente da Câmara do Sabugal reconheceu que o projecto é «estruturante» para o seu concelho, numa altura em que «o turismo de saúde está em crescimento global», sublinhou Manuel Rito. «As Termas do Cró, apesar de terem estado fechadas durante muito tempo, são ainda hoje uma referência e, nessa perspectiva, podem ser uma âncora, quer pela criação de postos de trabalho, quer pela atractividade do concelho», sustenta. Admitindo a possibilidade da Câmara recorrer a parcerias com investidores privados, o autarca adianta que para uma segunda fase fica a construção do balneário termal, que deverá ser edificado até finais de 2008. O plano de intervenção global também contempla a edificação de um hotel, um complexo de piscinas e uma estalagem/residencial. Residências turísticas, centro de artes tradicionais, casa de chá, clube social, espaços para comércio, complexo de desportos radicais, praia fluvial, zona desportiva e parque infantil são outras das valências previstas. As águas das Termas do Cró são recomendadas para o tratamento de doenças da pele, estômago, intestinos, reumatismo e do aparelho respiratório. As suas qualidades, do ponto de vista médico e hidrológico, foram aferidas nos últimos cinco anos com o funcionamento de um balneário termal, instalado pela autarquia num pavilhão pré-fabricado.

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