Plano de Proteção da Floresta foi apresentado na segunda-feira e contempla apoios financeiros para bombeiros e sapadores florestais, mas também ações de limpeza e de beneficiação de pontos de água no concelho.
A Câmara da Guarda vai investir até junho cerca de 1,4 milhões de euros em medidas de prevenção de incêndios rurais, no âmbito do Plano de Proteção da Floresta (PPF) apresentado na segunda-feira.
«Queremos chegar ao Verão de consciência absolutamente tranquila, com a noção de que fizemos o que era preciso em termos de prevenção, vigilância e defesa da floresta», disse Álvaro Amaro. O autarca acrescentou que o investimento do município nesta área rondará os dois milhões de euros se forem incluídas, já realizadas e em curso, de estabilização de taludes e de solos junto a estradas que foram atingidas pelos incêndios de 2017. «A Câmara da Guarda fez um bom trabalho de casa, creio eu. Hoje está apresentado [o Plano de Proteção da Floresta], estão muitas coisas em marcha, trabalharemos dia e noite para chegarmos ao verão de consciência tranquila, mesmo sem termos qualquer garantia de financiamento por parte do Estado», afirmou o edil aos jornalistas. O PPF contempla a manutenção e a criação de faixas de gestão de combustíveis confinantes com a rede viária e com os polígonos industriais e a plataforma logística da Guarda. Mas também investimentos relacionados com o arranjo de caminhos rurais, manutenção e beneficiação de pontos de água.
O documento inclui ainda a atualização de meios existentes nas freguesias ao nível de equipamentos de defesa da floresta contra incêndios (trator, retroescavadora, viatura todo-o-terreno, “kits” de incêndio, cisterna, destroçador, motosserra, motorroçadora, entre outros). A autarquia também irá «afetar dez funcionários» para trabalhos de silvicultura preventiva e atribuir apoios financeiros para as três equipas de sapadores florestais do concelho, num valor total de 30 mil euros, e para as três corporações de bombeiros (valor global de 143 mil euros). «Espero obter financiamento para as intervenções previstas, para não haver dificuldades financeiras no próximo ano», avisou Álvaro Amaro, considerando que «se não formos ressarcidos de 1,4 milhões de euros até ao fim do ano, mais aquilo que temos a receber do que já fizemos, o orçamento da Câmara para 2019 vai ser a gemer».
O PPF foi apresentado ao final da tarde, mas durante a manhã os vereadores do PS lamentaram só ter tido conhecimento do mesmo na reunião do executivo. «O presidente da Câmara fez o mesmo que o Governo no caso do lítio», acusou Eduardo Brito, dizendo que Álvaro Amaro continua a «apostar numa política de segredo que não é razoável». Na resposta, o presidente esclareceu que «só tinha de informar o executivo das linhas gerais do plano, que não tem que ser aprovado». Nesta sessão, o executivo aprovou por maioria a versão final da revisão do Plano de Pormenor do Parque Urbano do Rio Diz com o PS a abster-se alegando «falta de informação» para analisar o documento. «O plano esteve em consulta pública durante um mês, pelo que a posição dos vereadores socialistas é absurda porque se lamentaram de não terem tido tempo para ler os documentos», respondeu Álvaro Amaro. O autarca acrescentou que o que se pretende com esta revisão é «eliminar as condicionantes que existiam com o programa Polis, que não irá mais para além do que se fez». O executivo aprovou ainda, mas por unanimidade, a adjudicação de serviços para a implementação de infraestruturas para a próxima Feira Ibérica de Turismo (FIT) por mais de 200 mil euros, acrescidos de IVA.
Luis Martins
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