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Câmara da Covilhã suspende mais uma parcela do PDM

Desta vez, a autarquia pretende a desafectação da zona envolvente ao aeródromo

O executivo da Covilhã aprovou por maioria, na última sexta-feira, a suspensão de mais uma parcela do Plano Director Municipal (PDM) por dois anos, depois de na última Assembleia Municipal (AM), realizada há 15 dias, ter votado a desafectação de outras três zonas: o Parque Industrial do Tortosendo, a área entre a Faculdade de Medicina e a Quinta do Freixo e ainda a zona de Terlamonte, onde se pretende construir o aeroporto regional.

Desta feita, a autarquia solicitou a suspensão por dois anos na zona do actual aeródromo, uma proposta que mereceu a abstenção dos dois vereadores da oposição, Víctor Pereira e Miguel Nascimento, que não pouparam críticas à maioria social-democrata. Isto porque o pedido de suspensão do PDM para o local não constava da agenda da reunião de Câmara e terá sido incluído à ultima da hora. «Um documento desta natureza carece de um estudo e análise prévias e não pode ser agendado “em cima do joelho”», contestou Miguel Nascimento. A área que a autarquia pretende ver desafectada compreende não só o actual aeródromo, que será desactivado com a construção do novo aeroporto regional, mas também o acesso Norte da Covilhã à A23, uma obra que ainda não está concluída.

Coube a Alçada Rosa a condução dos trabalhos da reunião, uma vez que Carlos Pinto se encontrava ausente. Segundo o vice-presidente da autarquia, esta decisão prende-se com o facto de ser necessário «elaborar um Plano de Pormenor» para a zona em causa de modo a equacionar futuras funcionalidades para o aeródromo e área envolvente depois da sua desactivação. Alçada Rosa considera de resto que o actual PDM não permite o «desenvolvimento de soluções» para esses terrenos. E desvalorizou o pormenor desta parcela não ter sido votada na última AM: «Os técnicos não sugeriram antes, fizeram-no apenas agora e não existe outra justificação que não essa», garante. Contudo, a suspensão do PDM terá que ser votada na Assembleia Municipal, antes de seguir para a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e ser aprovada, já numa fase posterior, em Conselho de Ministros.

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