Carlos Pinto afirmou, na última reunião do executivo, que a Câmara saiu do projecto UBI Medical, que antes até se designava Parkurbis Medical, porque a entrada do Parque Tecnológico TagusValley (Abrantes) foi uma «imposição» que o veio «desvirtuar». A UBI já reagiu e garante que os objectivos iniciais «mantêm-se inalterados».
«A Covilhã não participa em projectos para tapar exercícios politico-partidários», argumentou o autarca, constatando que foi o município que lidera que iniciou todo o processo há cerca de três anos. De acordo com Carlos Pinto, o projecto de criação de um “cluster” empresarial em saúde – que envolvia a Câmara, UBI, Parkurbis e Siemens – teve novos desenvolvimentos após uma apresentação feita pelo reitor da universidade covilhanense em Coimbra, onde estava a presidente da Câmara de Abrantes, que terá dito que seria um «escândalo» se esta cidade não entrasse. Isto porque o economista Augusto Mateus estava já a desenvolver um estudo para Abrantes, denominado “A23”. Nessas circunstâncias, o Parkurbis e a Câmara acabaram por abandonar o projecto.
«Eram 2,5 milhões de euros da responsabilidade da Câmara [da Covilhã]. Houve um desvirtuamento do projecto inicial e comunicámos que não entraríamos neste novo modelo», disse Carlos Pinto. Em comunicado, a UBI assegura que «a entrada do Parque Tecnológico TagusValley (Abrantes) no projecto INOVIDA não afectou em nada a concretização da sua componente UBIMedical, nem o montante do investimento a ele destinado». A instituição recorda que o plano estratégico representa um investimento global de cerca de 12 milhões de euros e que 7,5 milhões serão investidos na Covilhã. A universidade poderia «ter desistido face à contrariedade que representa a saída de um parceiro importante como o Parkurbis na recta final do processo», mas optou por lhe dar continuidade devido aos «potenciais benefícios para a instituição, para a cidade e para a região envolvente», lê-se ainda no comunicado.
