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Câmara da Covilhã negoceia aquisição da Torre de Santo António

Autarquia fará uma proposta se o atual dono do imóvel construir o novo edifício destinado à Teleperformance

A Câmara da Covilhã está a tentar a aquisição da Torre de Santo António, edifício inacabado e que há mais de 30 anos se encontra ao abandono. O município propôs ao Montepio Geral, proprietário do imóvel, que comprará a torre e os terrenos envolventes caso o banco construa o edifício junto ao Mercado Municipal, para acolher a empresa Teleperformance, e para o qual a Câmara não tem fundos.

A proposta foi divulgada pelo presidente da edilidade na sessão de câmara de 28 de dezembro. Carlos Pinto esclareceu que as negociações «ainda estão a decorrer», mas adiantou que, se o negócio for avante, o novo edifício será arrendado ao município por um prazo de 15 a 20 anos. Quanto à Torre de Santo António, o autarca admite que «o destino mais provável será a demolição». O prédio, considerado por muitos como o maior erro urbanístico da Covilhã, foi projetado pelo arquiteto Pinto de Sousa, pai do ex-primeiro-ministro José Sócrates, e começou a ser construído em 1976. O imóvel fazia parte de um conjunto de três edifícios de habitação, comércio e estacionamento, mas só o principal, de 20 andares, foi erguido.

Os trabalhos foram interrompidos na década de 80 devido à falência da construtora, quando a torre estava já em fase de acabamentos. Votado ao abandono, o imóvel foi vandalizado e ocupado ilegalmente. A sua demolição chegou a ser aprovada, por unanimidade, pelo executivo em 2002, mas nunca passou à prática. Em 2006, a torre passou para as mãos do Montepio Geral, um dos maiores credores, que se comprometeu com a autarquia a requalificar a estrutura. Porém, as obras nunca avançaram e o imóvel acabou por ser posto à venda dois anos mais tarde. Recentemente, a propriedade foi transferida para um fundo de investimento.

Destino provável do prédio de 20 andares será a demolição

Câmara da Covilhã negoceia aquisição da
        Torre de Santo António

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