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Câmara da Covilhã com orçamento «realista» de 34,7 milhões de euros

Documento foi aprovado com seis votos a favor e a abstenção de Pedro Farromba

A Câmara da Covilhã aprovou, na última sexta-feira, a proposta de orçamento, no valor de 34, 7 milhões de euros, e as grandes opções do plano para 2015 com seis votos favoráveis e a abstenção de Pedro Farromba, do Movimento Acreditar Covilhã. Ao lado dos três membros do executivo socialista votaram o independente Nelson Silva, José Pinto (CDU) e Joaquim Matias (PSD).

Após a reunião privada do executivo, o presidente do município salientou que «este é o orçamento possível no contexto de dificuldades económicas do país e, em particular, do nosso concelho» e, «pela primeira vez nos últimos 20 anos, fazemos um orçamento realista. Estamos a trabalhar com rigor, credibilidade e sem fantasias porque não queremos vender ilusões aos covilhanenses e apresentar um orçamento de muitos milhões que, depois, na prática, se iria constatar que não se executaram». Vítor Pereira realçou que o documento pretende «aproximar a despesa das reais receitas da autarquia», daí conter uma redução de cerca de oito milhões de euros (cerca de 20 por cento) em relação ao orçamento de 2014, que foi no valor 42,9 milhões de euros. O edil considerou o orçamento de «contenção» e explicou que a diminuição está refletida em quase todas as rubricas, designadamente na das despesas correntes, que passaram dos 20 milhões de euros, em 2014, para os 18 milhões de euros.

A única exceção verifica-se nas transferências para as Juntas de Freguesia, que tiveram um aumento de cerca de 634 mil euros, ou seja, mais 32 por cento, já que o executivo continua a querer ter «um verdadeiro orçamento» das freguesias. «Mantemos o acento tónico nas Juntas porque são elas que estão na linha da frente, que todos os dias se confrontam com as reais necessidades dos nossos concidadãos e quem tem que a elas responder, pelo que também têm de ter meios aos seu dispor», explicou o autarca. O presidente do município esclareceu que, estando num ano de transição para o acesso aos fundos comunitários, o investimento pode ser mais realista, mas destacou que, caso haja antecipação nas datas de acesso aos fundos, o executivo poderá optar por um «orçamento retificativo». «Estamos a cumprir com o previsto na lei das finanças locais, mas, num quadro de mudança e antecipação, faz-se uma revisão, até porque os orçamentos são documentos dinâmicos», frisou o edil.

Em relação a obras, Vítor Pereira apontou a recuperação do Teatro Municipal da Covilhã, que pretende concluir, «pelo menos, até final do mandato», para a cidade passar a ter uma casa de espetáculos com «condições e segurança». Quanto aos vereadores da oposição, Pedro Farromba foi o único que não votou favoravelmente, optando pela abstenção como «voto de confiança e de esperança» no executivo. Ainda assim não deixou de se mostrar preocupado com o «fraco investimento que vamos ter no próximo ano, sem o lançamento de novas obras mas que contempla, e esse é o lado positivo, uma antecipação das verbas a receber pelas Juntas de Freguesia, o que vem acabar por reforçar os seus orçamentos». Também eleito pelo MAC, Nelson Silva votou a favor por considerar o orçamento «realista, prudente e adequado à situação do município». Por seu turno, Joaquim Matias votou a favor por estar previsto o «reforço positivo» das verbas nas transferências para as freguesias, para a educação e ação social. Pelo lado da CDU, José Pinto votou a favor por considerar que o orçamento apresenta «melhorias fundamentais» e deixou de estar inflacionado.

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