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Câmara anuncia mais de 9 milhões para regeneração urbana da Guarda

Investimento vai ser aplicado no centro histórico e nos bairros do Bonfim, Luz e Nª Sra. dos Remédios até 2011

Dar coesão a uma «cidade de bairros» é o grande objectivo do Programa Estratégico de Regeneração Urbana da Guarda, apresentado na passada sexta-feira pela autarquia. A intervenção vai decorrer no centro histórico e nos bairros limítrofes da Luz, Bonfim e Nª Sra. dos Remédios, para onde estão previstos 18 projectos de intervenção social, cultural, económica e ambiental. O investimento anunciado ultrapassa os 9,2 milhões de euros.

«Esses bairros precisam de um conceito de cidade, mas também de alguma coesão urbana e integrada, pois foram-se construindo à medida dos cadastros de propriedade e sem articulação com o centro e entre si», declarou o presidente do município. Para Joaquim Valente, esta operação não pretende «corrigir os erros do passado, mas consolidar uma coesão que não há actualmente em termos urbanos». Trata-se de conseguir «uma cidade compacta», acrescentou Sérgio Barroso, do CEDRU (Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano), que elaborou o plano de acção da candidatura, já aprovada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e que será comparticipada em seis milhões de euros do FEDER. «O que se pretende é dar protagonismo à Guarda enquanto cidade de história, cultura, comércio e de montanha. A estas linhas estratégicas de intervenção junta-se a melhoria da qualidade de vida dos guardenses», sublinhou aquele responsável.

De resto, o que se pretende é contribuir para «a qualificação da cidade e para a melhoria da qualidade de vida dos guardenses», adiantou, referindo que «coesão e competitividade» são as duas funções estratégicas desta intervenção. Sérgio Barroso reconheceu também que o centro histórico terá «um papel excepcional na nova cidade do século XXI». Um projecto-âncora do programa consiste na valorização do chamado “arco comercial” formado pelas ruas António Sérgio, Cidade de Safed e Almirante Gago Coutinho para fomentar «mais actividade económica na zona central da cidade», disse Joaquim Valente, que vai desafiar os projectistas locais a elaborarem as intervenções anunciadas. A construção de um centro de dia de apoio aos idosos do centro histórico, a valorização patrimonial, a introdução da videovigilância na zona antiga e a requalificação urbana de diversas ruas e da rede viária são algumas das propostas de actuação, a par da dinamização cultural dos bairros abrangidos e da criação de uma “brigada de manutenção do espaço público”.

São parceiros da autarquia neste programa a Junta de Freguesia de S. Vicente, a Associação Comercial, a empresa municipal Culturguarda, a Agência de Promoção da Guarda e as associações dos respectivos bairros. O Programa Estratégico de Regeneração Urbana da Guarda vai desenvolver-se até 2011, altura em que, provavelmente, a circulação automóvel será mais restrita no centro da cidade. «Haverá mais zonas pedonais, não posso dizer quando, mas é inevitável», garantiu Joaquim Valente.

Luis Martins Qualificar a cidade e a vida dos guardense é o objectivo da intervenção

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