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Caldas da Cavaca à espera de empresa municipal

As obras de requalificação do complexo de Aguiar da Beira dependem de parceria público/privada

A Câmara de Aguiar da Beira aprovou, na passada sexta-feira, a criação da Empresa Municipal de Serviços e Equipamentos Municipais (SEMAB) que surge de modo a permitir a realização de uma parceria público/privada que pretende dar andamento ao projecto do complexo termal das Caldas da Cavaca.

A falta de financiamento e a inexistência de investidores privados têm sido as principais causas da estagnação das obras de requalificação, há muito projectadas. É neste sentido que a autarquia irá abrir, brevemente, «um concurso público/privado para poder ajudar a ultrapassar a situação económica e executar o projecto», afirma o autarca Fernando Andrade. O concurso pretende seleccionar investidores privados, uma vez que «existem pessoas interessadas», explicou o edil.

Ao avançar com a constituição da parceria, «a Câmara será detentora de 49 porcento do capital», e terá que «proceder à cedência do direito de superfície, para que durante os próximo 27 anos sejam feitas as obras, cujos projectos já existem», adiantou o autarca, alegando que «este é o único caminho para ultrapassar a situação».

A par da requalificação do pólo termal, a qualidade da água é, também, alvo de atenção, dado que «tem sido submetida a várias análises», indica Fernando Andrade, explicando que «esta apenas será garantida após obter resultados positivos durante meio ano». De resto, foi com o intuito de melhorar a qualidade da água que se fez «um furo com dimensões maiores do que o normal», justifica.

Avaliadas em cerca de 15 milhões de euros, as obras de requalificação abrangem a construção do hotel, as infraestruturas de água, o saneamento básico, a electricidade, o telefone, um campo de ténis, um polidesportivo, a reparação paisagística e a recuperação das casas em granito. Segundo o edil, somente o balneário termal está concluído, tendo a autarquia investido cerca de um milhão de euros, mas «ainda não reúne todas as condições legais».

A gestão e dinamização do complexo termal continua a cargo do Instituto Nacional de Aproveitamento dos Tempos Livres (INATEL), tal como foi estipulado, em 2006, no protocolo com a Câmara de Aguiar da Beira, que não receberá contrapartidas financeiras pela gestão.

Sem arriscar uma previsão, o autarca espera apenas que a reactivação das termas se concretize em breve, para que as populações locais e turistas possam beneficiar da quinta, com cerca de 100 hectares, localizada a cinco quilómetros da sede de concelho.

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