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BT da Guarda mais operacional com novas instalações

Renda mensal é de 1.350 euros, mas moradia junto ao nó de Pinhel oferece condições ímpares para o funcionamento do destacamento

Nas novas instalações, o destacamento da Guarda da Brigada de Trânsito (BT) está agora a 10 segundos das principais auto-estradas e a poucos minutos das vias nacionais que cruzam o distrito. A “nova casa”, uma moradia adaptada junto ao nó de Pinhel da A25, na confluência com a A23, foi inaugurada na última terça-feira pelo secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, José Magalhães.

O edifício oferece «condições como este destacamento nunca antes teve», refere o tenente Bruno Gonçalves. O comandante destaca a área asfaltada de estacionamento, o espaço dos serviços administrativos e de alojamento dos agentes, bem como o facto do imóvel possuir aquecimento central. «No quartel da GNR não tínhamos instalações dignas em espaço e conforto», recorda, lembrando ainda que os carros-patrulha já não têm que atravessar a cidade em caso de emergência, tornando-se assim mais operacionais. Na cerimónia, o major-general Meireles de Carvalho reconheceu que já era tempo do destacamento guardense ter «instalações condignas», pois as anteriores eram «exíguas, pouco funcionais e afectavam o serviço». Ao contrário do imóvel no nó de Pinhel, que, para o comandante nacional da BT, satisfaz «plenamente as nossas necessidades» e é um «estímulo» para os agentes responderem aos desafios criados pela A25 e A23. «Os índices de sinistralidade baixaram drasticamente no distrito da Guarda em 2005, o objectivo é manter ou reduzir esses níveis este ano», desafiou o oficial.

Para o vice-presidente da Câmara da Guarda, estas novas instalações são oportunas num contexto de «revolução rodoviária» ocorrido nos últimos anos nas proximidades da cidade: «Com as SCUT, a Guarda passou a ser o espaço de ligação à Europa, ao Norte e ao Sul do país. Esta centralidade exigia novas instalações da Brigada de Trânsito», disse Virgílio Bento, que aproveitou a cerimónia para perguntar pelo novo quartel da GNR, uma «necessidade desde 1996», lembrou. E José Magalhães respondeu anunciando que o Governo está a estudar a cedência de um terreno por parte da autarquia local para a sua construção. «A necessidade está inventariada e temos os meios para fazer o que é preciso. Falta é encontrar a implantação óptima, porque a GNR não pode ficar em condições de operacionalidade diminuída», adiantou o secretário de Estado. De resto, o caso da BT foi exemplar, já que a escolha do novo local foi um «acto de inteligência» por permitir «eficácia e rapidez de resposta», considerou. Quanto à possibilidade de encerramento de instalações de forças de segurança no distrito, José Magalhães adiantou estar «quase concluída» uma avaliação feita pelo ministério e que as suas conclusões serão anunciadas «de uma só vez» por António Costa. As novas instalações da BT custam 1.350 euros mensais e albergam 70 militares, 17 automóveis e 4 motociclos.

Luis Martins

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